24 de setembro de 2011

MAIS UMA VEZ A PRIMAVERA



Adriana Teixeira Simoni


Assim como dias e noites se sucedem, também as estações do ano transformam-se umas nas outras.  Como na natureza ciclos também nos acompanham, são leis naturais que tanto regem a natureza quanto o homem.  Nascemos bebê, caminhamos para o crescimento e vamos brotando a cada dia um novo ser, um novo sujeito, um novo indivíduo com seus defeitos e qualidades, e  amadurecendo em nossos direitos e deveres.

Primavera é sinônimo de reflorescimento, onde a vida brota em toda natureza aflorando a energia reservada durante o inverno para agora se expor exuberante em cores para apreciarmos e nos regozijar.

Mas a importância desses ciclos não está apenas na beleza que nos é disponibilizada gratuitamente. Para que esses ciclos aconteçam o ecossistema deve estar equilibrado e para isso devemos garantir que a biodiversidade seja preservada ao máximo.

Entretanto, as iniciativas para preservarmos nossa biodiversidade têm ficado muito aquém do necessário, onde permite perceber que esta perda sistemática permite extremos nas mudanças climáticas e na distribuição da água, o que conseqüentemente gera essa maior perda o que muitas vezes colabora para atrasar ou adiantar ciclos de algumas plantas.

É preciso comprometimento de todos e uma atuação responsável das políticas públicas. Preconizando mais atenção e ouvidos aos cientistas pesquisadores e ambientalistas no que diz respeito à conservação de um bem nacional que necessita ter a sua vida garantida para fruição de todo o restante.

É preciso conscientizar a todos de que as florestas apresentam mais valor em pé do que substituídas por outros usos da terra. Isso, que fique bem claro quando pensamos em garantir a biodiversidade do planeta e não mais lucro a produtores rurais.
 O Polêmico texto do Código Florestal gerou muita discórdia entre ambientalistas e ruralistas ao que se resume que o grande perdedor de toda essa guerra acabará sendo a nossa biodiversidade, pois permitindo o uso de uma APP aqui, a aproximação de alguns metros mais do leito do rio e anistia de um desmatamento aqui outro acolá, fica clara a intenção exposta contra o meio ambiente ou no mínimo, descaso.

Nessa discussão a biodiversidade se esvai nos enleios de deputados, senadores e latifundiários secos por mais terras e menos florestas portando-se como donos do planeta.                                                                              
Resta-nos esperar que este retrocesso na aprovação deste código florestal não colabore em prejudicar não nos permitindo encontrarmos outras tantas vezes a primavera com sua despojada beleza compartilhada em renovada flora como podemos apreciá-la hoje.

Com toda certeza eu serei contemplada com uma praça bastante florida pelos caminhos onde faço minhas caminhadas diárias. O espaço ganha atenção pessoal de uma moradora que cuida e explora a praça frente a sua casa já há algum tempo, garantindo a todos que ali passam a grandeza de sua ação desinteressada, onde dispensa tempo e cuidados com muitas flores e espécimes plantadas. Uma ativista verde que já ganha novos seguidores pelo bairro, onde às vezes mobilizam-se num mutirão de embelezamento das praças locais. Eles fazem pela preservação do ambiente e compartilham com a comunidade preconizando a qualidade de vida. Agindo assim, contribuem para que muitas outras primaveras aconteçam floridas e renovadas. Oxalá tal iniciativa contaminasse a todos por aí...


22 de setembro de 2011

DIA MUNDIAL SEM CARRO


DIA MUNDIAL SEM CARRO

,
 DEIXAR NOSSOS CARROS NA GARAGEM,

MOSTRAR ÀS CRIANÇAS QUE AINDA É POSSÍVEL

 SE FAZER ALGO MESMO ESTANDO SEM CARRO.

> DIA PARA  OFERECER CARONAS

> APROVEITAR PARA ANDAR A PÉ...

> USAR  A BIKE...

>CURTIR A VIDA E A NATUREZA



MOSTRAR QUE VOCÊ SEM O CARRO 

É MUITO MAIS VOCÊ 









17 de setembro de 2011

LIXO EXTRAORDINÁRIO



Adriana Teixeira Simoni

Já foi feito um documentário com esse título, belíssimo por sinal, que retrata o lixo, os catadores e a possibilidades de transformar lixo em arte.
Fugindo do filme e caindo na nossa dura realidade, esse título nos remete a duas interpretações rapidamente. O extraordinário visto como fantástico, dando ao lixo o valor que ele realmente merece e pode alcançar. E a outra interpretação que o lixo seria extraordinariamente volumoso.
Hoje, nós brasileiros podemos concordar que das duas formas vimos o lixo? Infelizmente não! O lixo produzido no Brasil não tem o aproveitamento devido. Ele ainda é considerado apenas volumoso e as iniciativas para diminuir esse volume estão pífias demais, ou com efetiva despreocupação com o lixo em si.
Cada brasileiro produz em média um pouco mais de 1 kg de lixo por dia, sendo que em São Paulo esse volume  chega 1.2Kg  no Rio de Janeiro é de  1.6 kg por habitante. Essa quantidade de lixo é algo muito preocupante, pois com o consumo altamente influenciado através do  apelo publicitário diário a tendência é aumentar esse volume ano a ano. Isso só nos remete ao saturamento dos aterros sanitários e provável falta de áreas para instalação de novos aterros.
A preocupação com geração excessiva de lixo e a destinação correta deveria ser algo extremamente discutido e viabilizado iniciativas rápidas para a solução. A Política Nacional de resíduos sólidos caminha a passos de tartaruga, não por culpa deles, mas a burocracia é imensa e as verbas minúsculas.  É impressionante como ações de caráter urgente são deixadas de lado no Brasil e outros como atrativos para Jogos Olímpicos e Copas do mundo são vislumbradas como essenciais para o Brasil. Isso é passageiro, mas a produção e a não solução para o descarte correto do lixo é crescente, diária e não tem como brincar de estátua – Pare! Não fabrique mais lixo!
A questão do lixo urbano não tem sido pensada organizadamente, as medidas não estão sendo viabilizadas no mesmo crescimento populacional nem da própria geração do lixo.  Não estão sendo considerados em conjunto os diversos aspectos envolvidos desde a coleta do lixo até a destinação. Envolvendo neste caminho a reciclagem, o aproveitamento pela indústria de parte destes recursos na divisão do lixo em potencial reciclável, orgânico para aproveitamento na agricultura e demais fluidos pela indústria na geração de energia. E a arte disse é que realmente pode ser tudo isso reaproveitado.
Neste aspecto o lixo apresenta extraordinário valor e se assim fosse visto, o investimento que é inevitavelmente alto, mesmo se utilizando da tecnologia nacional que vem sendo pesquisada pelas Universidades viabilizando usinas de incineração, o retorno do investimento será garantido e rápido, pois o lixo é matéria prima gratuita quanto a produção e  ademais o seu volume é extraordinário.




10 de setembro de 2011

A FAMA x AMBIENTE


Adriana Teixeira Simoni


Muitos artistas famosos ou mesmo apenas conhecidos do meio artístico, seja televisivo, cinema, teatro, novela, do mundo da moda, da música e até alguns famosos do esporte e da política, estão vendo no ambiental uma forma de compensar à fama e também as conquistas monetárias adquiridas durante a carreira e têm se mostrado muito presentes em defesa das causas ambientais.

Alguns colaboram com a própria imagem em eventos, com contribuições financeiras ou ainda participando em instituições e Organizações sem fins lucrativos envolvidas com a causa. Outros utilizam sua posição política realmente contribuindo positivamente, mas por outras e mais freqüentes, apenas utilizam-se do apelo verde para crescer em fama e às vezes em votos.

Mas é preciso prestar atenção se há verdadeiramente intenção em beneficiar invocando através de sua imagem ou atitude o preservar e promover o bem do planeta. Seja incentivando a plantar mais árvores ou destinar corretamente o lixo, é necessário estarmos atentos para identificar se as iniciativas serão para beneficiar o ambiente ou serão apenas empreendimentos para garantir fama e bons ganhos pessoais usando-se do apelo ambiental.

Na verdade os artistas não vão resolver as vulnerabilidades que o planeta vem enfrentando, mas ao cantarem em suas canções mensagens sobre o planeta em estádios lotados ou mesmo outros artistas, ligando sua imagem a hábitos e atitudes sustentáveis, certamente poderão atrair a atenção do público para a questão ambiental e adicionar outro valor.  

Em muitas vezes é mais bem absorvido como hábito uma ação atrelada a imagem de algo ou alguém que se gosta muito. O que pode ocorrer exatamente ao contrário quando utilizadas campanhas nacionais com uso de cartazes, panfletos, outdoors, onde muitas vezes o foco pode passar despercebido e contribuindo negativamente com mais lixo.

Poderia dizer até que no caso de grandes shows e eventos, que o pensamento ecologicamente correto do artista viria na verdade de “um peso na consciência”. Já que num show, as emissões de CO2 no planeta são relativamente altas.  Essa polêmica inicia-se desde o transporte dos equipamentos e de toda equipe até o consumo energético para que o show efetivamente aconteça, além do gasto gerado pelo deslocamento das multidões que  freqüentam os eventos. Quando nos atiramos a diversão e ao lazer dificilmente vemos muita preocupação com o que de negativo cometemos contra a natureza.

Portanto, é difícil você conseguir seguir uma fórmula ecologicamente perfeita.    O estilo de vida moderno demanda muito consumo e acaba por ser muito poluente. Precisamos rever e utilizar um modelo de progresso baseado em pouca emissão de carbono acredita-se ser esse o mote de busca de muitos países atualmente.

Agora só como curiosidade quanto terá sido a contribuição nas emissões de CO2 no festival de música de Woodstock em 1969? Época em que não se presumia que os recursos naturais poderiam se acabar e onde a fama do evento era a “vida em comunhão com a natureza”.

2 de setembro de 2011

EXEMPLO DE DEDICAÇÃO


Adriana Teixeira Simoni


Você conhece um ser que trabalha 365 dias por ano,  que não descansa nem em feriados  tão pouco aos   finais de semana e que não tira   férias ?

Se fosse invertida essa frase totalmente, o que ficaria assim: - Você conhece alguém que NÃO  trabalha a maior parte dos  dias do ano, desfrutando  de folgas   praticamente a partir do meio da semana,  seguindo pelo  final de semana  além dos feriados e o fantástico  direito aos recessos em Janeiro e Julho  e ainda assim garante um fabuloso ordenado ?  A Resposta seria a maioria dos  Políticos Brasileiros. Essa  foi fácil.

Voltando a um assunto mais sério, o  operário que trabalha 365 dias por ano sem nada em troca é a ABELHA, esse inseto  da ordem Hymenoptera  que  trabalha prazerosamente  como uma  escrava .
As abelhas são mão-de-obra barata para a agricultura promovendo o aumento da produtividade bem como a qualidade de grãos , frutas e  legumes, pois é  um agente polinizador por natureza . No Brasil isso tem sido dedicação de alguns pesquisadores na UNESP/Jaboticabal-SP direcionando  a pesquisa de uso  para o aumento da produção de laranjas.
A  apicultura,  a mais conhecida cultura das abelhas, processo da retirada do mel, a cera e o própolis por elas fabricado, passou a ser uma atividade secundária  em outros paises  pois, preconizam o  uso das abelhas  na polinização alugando-as,   o que colabora lucrativamente com o  aumento da produção agricola.  Uma lástima que o Brasil não se  utiliza desse recurso em alta escala.
As abelhas não são o único inseto polinizador, porém ela se destaca por sua fidelidade alimentícia, pois ela se dedica a uma plantação até não existirem mais flores. Por isso,  quando vamos comprar MEL vemos nos frascos que há mel de flor silvestre, flor de laranjeira, flor de eucaliptus , enfim,  os demais insetos  se furtam desse compromisso e passeiam por diversas flores  comprometendo os polens que carregam e a efetiva polinização. Outra vantagem das abelhas é a possibilidade de serem  controladas.
Existem várias espécies de  abelhas,  como  Apis mellifera a mais comum  em todo o mundo,  a dócil jantaí (Tetragonisca angustula) que muitas pessoas criam em casa numa caixinha, mel muito saboroso e   a nordestina uruçu (Melipona scutellaris.
Porém para não prejudicar estas dedicadas trabalhadoras e o futuro da alimentação do planeta devemos protegê-las, pois, agrotóxicos aplicados na agricultura e mesmo a poluição tem colaborando para o sumiço desse polinizador fantástico e lucrativo,  podendo  causar uma catástrofe alimentar diminuído drasticamente a produção de alimentos na lavoura.




“Todos nós deveríamos ter uma inteligência ecológica a exemplo das colônias e   
dos enxames de insetos”. (Johannes Gierse)





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