21 de abril de 2012

FALTA EDUCAÇÃO AMBIENTAL





Adriana Teixeira Simoni

Desfrutando um tempinho longe da tela do computador aproveito para ler alguns artigos em revistas antigas, que peguei dias atrás de uma lixeira nas proximidades onde moro. É bom lembrar que caso eu não as tivesse pegado, muito provavelmente estariam mais tarde voando pela rua, comprometendo de vez a sua reciclagem e seu retorno ao ciclo produtivo. Além é claro, da péssima aparência que deixaria na vizinhança. Sabe por que isso ocorre? Descomprometimento do meu vizinho com a sociedade, com o próximo e com o seu próprio LIXO.

Esse cidadão não se preocupa em saber que dias a cooperativa de lixo passa para pegar, não percebe que apesar de ter catadores autônomos que percorrem o bairro ainda assim o monte de revistas permanece lá por mais de um dia. Isso porque hoje pode não estar atrativo o preço do papel, portanto o catador não pega, pois apenas fará peso em sua carrocinha e não lhe renderá nenhum dinheiro, assim como outros itens. Já a Cooperativa de Reciclagem Coopervida com o Projeto reciclar, pega todo material com possibilidade de reciclagem, por isso a presença dessa instituição na cidade é algo que merece reconhecimento e investimento, são várias famílias que trabalham unidas.

O fato de colocar pra fora do portão não encerra nossa responsabilidade com o lixo. Depois das revistas estarem rasgadas e espalhadas pela rua, dificilmente surgirá algum cidadão para juntá-las. Mais difícil ainda será encontrar alguém que se importe com lixo que não é seu. Tal possibilidade só ocorrerá quando um bueiro entupir e a água danificar sua própria propriedade, neste caso ele reclama, bate o pé, chia , estrila, procura os “direitos”.

Voltando as minhas leituras, o que me levou a escrever hoje, foi o comentário no painel do leitor numa das revistas, onde um pai dizia que a sua filha de apenas quatro anos havia lhe perguntado por que os Garis varriam as ruas.  E este pai respondeu prontamente o porquê dos garis limparem as ruas; no que retrucou à pequena que quando crescer queria ser lixeira. Esse pai complementa dizendo que desde então sua filha tornou-se responsável pelo seu próprio lixo e ainda orienta os demais na casa nesta mesma prática.  Vejam, tão pequena a menina e  tamanha  consciência ecológica.

Isso nos leva a crer que a educação para com o ambiente deve ser iniciada quando bem criança para que em sua mente forme a imagem da conduta correta e da ética que deve implementar por uma vida inteira. O planeta clama por essa ordem, isso sim será o diferencial para sustentabilidade, a EDUCAÇÃO crítica e construtiva.

Hábitos costumam se grudar na gente e os maus hábitos, esses nos corrompem e nos prejudicam igualmente por uma vida inteira. Precisamos combatê-los. Sabe-se que desgrudar maus hábitos é a coisa mais difícil e extremamente mais difícil na idade adulta depois de se acostumar a eles.

Assim sendo seria muito mais conveniente e adequado construir bons hábitos o mais breve possível em nossas vidas.  Para isso basta programar uma educação sistemática no transcorrer do convívio familiar e ambiente escolar das crianças promovendo práticas de comportamento ecologicamente corretos e cobra-las dentro e fora da escola para tornar-se algo natural.

Não há mais tempo, o planeta acena por iniciativas urgentes. A sociedade cresce deslumbrada com o avanço da tecnologia e esquece todo o resto, se desprende de valores e se perde na violência contra si, seus semelhantes e o planeta. Conscientizar apenas com leituras não muda ninguém, precisa implementar a prática sistemática em prol do planeta.

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