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15 de abril de 2014

A NOVA ILUMINAÇÃO PúBLICA É BOA OU RUIM AMBIENTALMENTE FALANDO?


As novas lâmpadas e seus efeitos


por Leão Serva


Tenho um amigo que diz: "Urbanismo é como o 'cubo mágico'. Quando você mexe de um lado, afeta todos os outros". Nos últimos anos, o departamento de iluminação pública da Prefeitura de São Paulo, Ilume, tem movimentado dois lados do "cubo mágico", em resposta a demandas da cidade: economizar custos de luz e aumentar a segurança nas diversas regiões, iluminando-as melhor.

Quando isso acontece, porém, alguns cidadãos reclamam de claridade exagerada em certas áreas, temem que luz demais altere o sono dos passarinhos e o ciclo vital das plantas.
Nos últimos dias, recebi manifestações de habitantes de Higienópolis e Pacaembu. 

A polêmica tem marcado diferentes lugares à medida que avança a nova tecnologia de iluminação pública, em São Paulo e outras cidades do país, como Florianópolis . Em setembro, a Folha publicou o texto "Durma com um barulho desse", em que moradores reclamaram que as novas lâmpadas fazem sabiás-laranjeiras cantar de madrugada. Houve polêmica no "Painel do Leitor".

Em todo o mundo, lâmpadas antigas, que consomem muita energia, estão sendo aposentadas. Em casas e locais públicos, as lâmpadas incandescentes(aquelas com filamento) são substituídas por fluorescentes (têm dentro um gás que se torna luminoso quando exposto à corrente elétrica) ou com LED(usam semi-condutores que transformam eletricidade em luz), com vida útil maior e que pesam menos na conta. As ruas de São Paulo estão recebendo lâmpadas de sódio (com luz alaranjada) e LED (branca), em postes mais baixos, o que aumenta efetivamente a luminosidade nos pontos da cidade.

A coluna contatou pesquisadores de botânica, para saber das árvores, e ornitologia para saber dos pássaros.
O decano dos estudos de aves no Brasil, o ornitólogo Dalgas Frisch, diz que não há qualquer motivo para preocupação. Alguns pássaros inclusive gostam da luz durante a noite, diz ele, citando como exemplo as andorinhas, que em ambientes iluminados se sentem protegidas contra as corujas que atacam seus filhotes.

O pesquisador Luiz Fernando de Andrade Figueiredo, do Centro de Estudos Ornitológicos, elogia os benefícios ambientais da nova iluminação pública, por ser mais econômica, e acha "estranha" a alegação de que a luz mais forte poderia prejudicar a saúde de pássaros. Recomenda que "a iluminação seja apagada após o horário do fechamento dos parques" e aqueles com iluminação permanente reservem uma área, "como um refúgio noturno para algumas aves".

Dois agrônomos, pesquisadores em meio ambiente, negam qualquer efeito daninho da nova iluminação sobre as árvores urbanas. Kanashiro Shoei, do Instituto de Botânica, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, diz que "não há mal algum para as plantas" nas novas lâmpadas. Sérgio Luis Pompéia, agrônomo e consultor na área ambiental, também define a troca das lâmpadas como "extremamente positiva sob o ponto de vista ambiental", por reduzir o consumo de energia, iluminar melhor a rua e durar mais e nega qualquer risco à vegetação. Diz também que as aves urbanas são adaptadas à iluminação pública.

A julgar pelas consultas feitas pela coluna, as árvores, os pássaros e seus defensores da espécie humana podem dormir sossegados, sem se preocupar com riscos decorrentes da nova iluminação pública paulistana. 

Leão Serva é  ex-secretário de Redação da Folha, é jornalista, escritor e coautor de 'Como Viver em SP sem Carro'.

Fonte:   http://www1.folha.uol.com.br/colunas/leaoserva/2014/04/1440182-as-novas-lampadas-e-seus-efeitos.shtml

Comentarios para  esta reportagem

Indignado (534)


Neste final de semana percorri duas vezes o corredor norte-sul, ambos à noite. As experiências foram das mais positivas a meu ver. A iluminação é excelente e propicia condução segura nos horários noturnos. Na segunda noite, com chuva, o que seria um show de terror de direção na chuva, se tornou em rotina. Certamente a eficiência luminosa ajudou a garantir direção segura. Só um cuidado adicional: Ligue a iluminação de noite e desligue-a de dia e não vice-versa.
O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem
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JorgeO (57)


Porque nunca se publica nada sobre os danos que uma lâmpada fluorescente quebrada faz á saude?
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edmundon (181)


As lampadas de LED são uma novidade muito boa pois não poluem o ambiente com mercurio como no caso das fluorescentes e gastam muito menos energia além da durabilidade que é 10x maior !
O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem

'A questão iluminação pública reflete em nossa autoconfiança', opina leitor

Leão Serva. A nova e exacerbada iluminação da cidade prejudica, sim, pássaros, plantas e moradores. No portão da minha casa, há postes com a iluminação fluorescente, que invade jardim e dormitórios. As árvores em volta já estão se ressentindo da falta de escuridão para a troca de gás carbônico. Semana passada, tentei convencer um pica-pau de que 1h da madrugada era horário de dormir, e não de picar os troncos. Se Deus quisesse noites claras, o mundo todo seria como São Petersburgo no solstício de verão. Noites brancas são belas só de vez em quando. Perenes, matam.
VIVIEN LANDO, escritora (São Paulo, SP)
*
A questão da iluminação pública se reflete em nossa autoconfiança. O ser humano, regido pela vida intensa, procura criar uma cidade sempre iluminada. Os animais que tratem de se acostumar com nosso relógio biológico. Estudos já comprovaram o sono é regido pela incidência da luz. Ora, a troca da tecnologia em nada altera o desejo doentio da espécie humana de se iludir com iluminação artificial.
RAFFAEL GARZARO (Curitiba, PR)

28 de dezembro de 2010

LÂMPADAS FLUORESCENTES : ECONOMIA, MAS E A RESPONSABILIDADE?

DÊ O DESTINO ADEQUADO PARA LÂMPADAS FLUORESCENTES  SEMPRE!


Adriana Teixeira Simoni

As lâmpadas fluorescentes são responsáveis por mais de 70% de toda a luz artificial em todo o mundo, mas consomem apenas 50% da energia necessária para iluminação, já que precisam de apenas um quinto da eletricidade que uma lâmpada comum precisa, isso veio aliviar muito o consumo de energia,  mas poderia ser ainda melhor.

Os gases armazenados no seu interior são muito prejudiciais ao meio ambiente, se forem lançadas diretamente em aterros, as lâmpadas contaminam o solo e, mais tarde, os cursos d’água, chegando à cadeia alimentar.

 Quando quebrada, o vapor de mercúrio pode contaminar e causar danos a atmosfera e também a saúde humana pois poderá  haver aspiração desse vapor de mercurio  alojando-se no pulmão  e causando vários dissabores, pois o mesmo  pode permanecer pelo local  onde vazou , por várias semanas. 

Apesar do impacto sobre o meio ambiente causado por uma única lâmpada ser desprezível, ainda assim, é necessário que se tenha e oriente a ter cuidados especiais para o seu descarte. Pois caso sejam depositadas muitas lâmpadas em um aterro ou lixão haverá grande evaporação de vapor e grande contaminação.

No Brasil  são descartadas 70 milhões  ao ano de lãmpadas fluorescentes, sendo que apenas 3% são encaminhadas aos destinos corretos , por tanto  se faz  necessária uma atenção dos governos municipais quanto a  responsabilizarem-se por apresentar meios para o  descarte e destino  adequados , pois em janeiro próximo entra em vigor nova lei sobre resíduos sólidos.

A norma ABNT NBR 10004,  trata dos resíduos sólidos e  define a periculosidade de diversos elementos e substâncias químicas, onde  as lâmpadas com vapor de mercúrio após seu uso estão incluídas nesta norma e são classificadas automaticamente como resíduo perigoso.

Por tanto todos os municípios devem ter uma coleta séria e uma população  bem orientada de como proceder o descarte ,  para que essas lâmpadas sejam encaminhadas as empresas que prestam serviços de descontaminação de mercúrio, e reciclagem do restante do material utilizado em sua fabricação.

Aqui no Brasil temos algumas empresas que fazem esse serviço:

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