25 de maio de 2012

EVOLUÇÃO REQUER A SOCIEDADE



Adriana Teixeira Simoni

O assunto lixo vem sendo discutido em muitos dos meios de comunicação, numa  busca incansável de  soluções para o  descarte do lixo, isso chega a ser incompreensível, pois  algo que comprovadamente agrega tanto valor, entretanto  as soluções no seu   destino  correto  fazem tantos rodeios.

A questão é profundamente preocupante, pois se afunila nas exigências advindas de novas normas e legislações que impõem data limite para soluções quanto ao fim dos lixões e cobram destinação adequada dos municípios brasileiros. Paralelamente aumenta a produção lixo ao mesmo tempo que  a população anestesiada pelas artimanhas do capitalismo se deixa cair nas armadilhas do consumo fácil,  do consumo descartável.

O fato é que toda e qualquer iniciativa referente a soluções quanto ao lixo devem incluir a sociedade e incluí-la efetivamente, pois não é aceitável com tudo que é falado, discutido e difundido nas mídias se encontrar parte dessa sociedade descomprometida e sem participação nas questões envolvidas com a preservação ambiental. Não basta só levar a sacola retornável ao supermercado para se dizer agente ambiental.

Quando se fala em comprometimento dessa população no assunto destino correto do lixo se evidencia a necessidade da evolução dessa sociedade para lidar com o lixo para lidar com algo de alto valor agregado, onde é possível extrair energia, geração de renda com a saída da miséria para muitas famílias além de economia dos recursos naturais, a famosa sustentabilidade.

A população precisa estar consciente de sua importância nesse processo relacionado ao destino do lixo urbano, e do reciclável,  pois  antes de qualquer investimento pelo município em qualquer das tecnologias  disponíveis para dar o fim  adequado ao lixo,  desde que a  tecnologia elegida não venham a prejudicar o ambiente a sua volta , a população  precisa ajudar separando  o  lixo reciclável do lixo orgânico possibilitando assim  o sucesso desse plano.

As cooperativas de recicladores quando conveniados a prefeituras onde um apóia o outro, a coleta seletiva pode ser bastante incrementada aumentando consideravelmente o lixo reciclável recolhido e encaminhado a geração de renda, livrando assim  o município de despesas inúteis com a disposição  final desse material “rico”  proporcionando um ganho socioambiental  fantástico.

Presenciei um dia de coleta de lixo num  bairro  de classe média alta,  eram umas 19h00 onde praticamente em todas as lixeiras havia uma infinidade de produtos recicláveis misturados entre outros lixos contaminados dispostos para  a coleta urbana levar. Fato que revolta,  pois já tem anos em que a cooperativa  de recicladores recolhe em dia específico da semana. Custa a sociedade  colaborar e separar para eles? Lógico que não! Mas é o que ocorre. 

Esse lixo “rico” demorará muitos anos para decompor e com esse destino irresponsável ou descomprometido acaba deixando de garantir o sustento de algumas famílias. Esse comportamento foi notado num bairro de classe média alta, porém   se fosse num bairro de baixa renda com certeza o preconceito daria outras explicações...

Vamos cuidar do nosso lixo e cobrar do poder público uma destinação adequada. Cada um fazendo a sua parte  logo chegaremos a evolução!


Por mais que tento me distanciar do assunto "LIXO" mais me aproximo....creio que hoje o que permeia minhas preocupações é a questão do "lixo" e as responsabilidades com ele envolvidas...


Fantástico é a frase em que fala de " lixo e luxo " pois é a verdade , o "lixo" possui uma série de riquezas que uma hora serão descobertas e virarão disputa entre muitos empresários....EU ACREDITO NISSO  E VOCÊ ?

16 de maio de 2012

DESTRUINDO FLORESTAS beneficiando classes





Adriana Teixeira Simoni

O  atual texto do Código Florestal aprovado em 25 de Abril,  após três anos de discussões nada mudou, pois o que tiraram de um lado de  proteção ao nosso planeta,  logo  outro texto, outro parágrafo e descaradamente  mudou na direção dos defensores do agronegócio. Os  ruralistas se mantiveram firmes em defender  os  desmatamentos já feitos bem como os futuros. Um texto que permite interpretações diversas e terrivelmente preocupantes quando a saúde e a sustentabilidade do planeta.

Nesses anos de discussões para decidir a sustentabilidade, decidir o prolongamento e a preservação de nossa existência enquanto seres que necessitam antes de qualquer “tablet” ou celular, de espaço saudável para habitar, de ar puro para respirar, de água para beber... Porém grita um ruralista: - Você precisa comer também, logo a agricultura precisa se expandir. Ora me poupem de tamanha expressão clara de falsa preocupação com a fome da humanidade.

Esse novo Código Florestal além de avançar nas Apps, também obscuramente inverte papeis com anistias absurdas que transforma desmatadores como compassivos da fome no mundo, como se esses distintos fossem salvar a humanidade, quando na verdade estão defendendo sua própria classe ao custo do desequilíbrio ambiental, ao custo de um futuro tenebroso com escassez de água, destruição de rios e  com o crescente e temido aumento da temperatura planetária.

É evidente a insistente defesa do agronegócio nesse processo de renovação do novo Código Florestal, fato que expõe da forma mais bárbara a condição de preservar ganhos com a invasão das Apps e também na ganância de não repor  os danos ocorridos com  as florestas, ajuizando na defesa que o uso da terra há muito vem desequilibrado e mal administrado  aproveitando-se  disso   como aval para a  manter anistia aos desmatares, transformando-os  em coitados e vítimas da má gerência do  uso da terra que ocorreram no passado como se isso fosse o sinal verde para seguir desmatando.

Preocupante quando se percebe que houve 274 votos a favor, 174 contra, demonstrando que  estamos nas mãos de perdulários do planeta, dilapidadores de nosso florestal, pois se passaram anos de discussões e pouco se fez na defesa da vida, o que se percebeu com  essa votação foi apenas a defesa de uma classe numa demonstração de poder  e apadrinhamentos.

Ambientalistas, cientistas e o governo haviam se manifestado a favor da aprovação das mudanças feitas pelo Senado  mantendo o equilíbrio ambiental e produtivo, porém novamente foram todos ignorados e partes importantes do texto foram suprimidas. Percebeu-se que o plenário estava decidido a afundar nossas florestas na ambição pessoal de uma classe implicada com o agronegócio. Tal fato pode complicar a posição do anfitrião na Rio + 20 , pois caso seja aprovado desta  forma  o código Florestal demonstrará que o Brasil não está muito empenhado com o desenvolvimento sustentável.

Não basta sermos donos da maior floresta do mundo, precisamos unir forças para garantir continuarmos sendo os donos da maior floresta conservando-a como o maior patrimônio do mundo. Para tanto aguardemos que a Presidenta Dilma vete por completo esse código florestal lhe garantindo também um desgaste menor nas exposições da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) que acontece  no Rio de Janeiro em Junho.

12 de maio de 2012

Natureza mãe, ou Mãe natureza?



Adriana Teixeira Simoni 


Personificada ou não, a natureza é feminina sim, representa a fertilidade sem dúvidas porque da terra ou na terra quase tudo se multiplica (perigosa afirmação), enfim, esse arquétipo feminino rodeado de cultos da fertilidade e de vida alimenta o conceito de que a terra é mãe e é a grande geradora de todo processo de vida do planeta. 

No entanto, se nós humanos somos fruto dessa fertilidade também somos os responsáveis pelo que recompensamos a mãe natureza pela vida que ela nos proporciona. Sendo assim nunca poderemos nos fazer vítimas das revoltas que ela  nos brinda vez ou outra com sua voraz resposta ao nosso comportamento. 

A mãe natureza nos envolve em catástrofes, e desgraças diversas o que para ela é apenas uma maneira verossímil de chamar nossa atenção, mesmo que com essa cruenta forma de nos educar ceife algumas vidas. Todavia essa foi à maneira que ela encontrou de reagir aos males que nós humanos ocasionamos a ela para satisfazer nossos apelos consumistas da modernidade e que pouco nos importamos se alguém ou algo prejudicou. 

Hoje o homem já sabe que a Natureza reage com certa fúria e também com maior frequência sobre os traumas que nosso modo de vida moderno têm infringido aos recursos que ela nos disponibiliza. Por muito tempo se extraiu, explorou a terra achando ser tudo infinito e lucrativo, hoje ainda se tira se suga, porém já se tem conhecimento de que pode acabar e que o preservar é mais lucrativo para o hoje e para o amanhã, porém pouco se faz por isso. 

A mãe Natureza faz questão de avisar que ela é generosa, mas cobra mesmo que tardiamente para manter o equilíbrio vital nos seus ciclos de vida envolvendo toda biodiversidade necessária cuja harmonia e equilíbrio depende a vida humana para sobreviver. 

Contudo somos muitos a condenar à morte o que a nós foi ofertado pela natureza mãe e essa completamente atônita com as indesejáveis fumaças,a poluição jogada nos rios, o uso indiscriminado de seus minerais e a destruição de sua biodiversidade se torna então mais vítima do que Deusa, pois na impossibilidade de manter-se viva aos poucos cede e perde alguma coisa mais de sua criação. 

Confrontamos essas reações da natureza ao nosso comportamento tentando contornar os males que lhe ocasionamos, estudando novos processos, instituindo leis de preservação, educando a humanidade para preservar e diminuir impactos, enfim a Natureza mãe por sua vez aceita e se reinventa nesse novo processo de cura, enquanto a Mãe Natureza continua a aceitar seus filhos redimidos dos males que lhe ocasionaram lhes permitindo continuar a compartilhar de sua criação e assim aproveito para desejar um Feliz dia das Mães!

5 de maio de 2012

CONHECER PARA CONSUMIR





Adriana Teixeira Simoni 

A Atualidade nos enreda em suas articulações e nos transforma para o meio em marionetes consumistas. O perigo não está somente em ser enredado pelo excessivo apelo publicitário, mas também pelo apelo do valor baixo. 

Hoje os materiais usados na fabricação de objetos e utensílios estão cada dia mais frágeis, com a verdadeira intenção de não durarem mesmo, pois o lucro deixaria de existir caso fossem feitos com matéria prima e especificidades para garantirem uma melhor qualidade com conseqüente durabilidade. 

Ora, desta forma ficamos atados a essa cadeia capitalista que nos paga pouco e nos suga por completo fazendo a sociedade consumir sem necessariamente querer. E veja que somos atacados por todas as frentes; se ligamos o rádio lá vem blá, blá ; ao assistir televisão no canal aberto ou TV paga idem, somos bombardeados com propagandas exaustivamente; quietos em casa aguardando os boletos para pagar o já consumido , o que encontramos na caixa de correspondências? Propagandas. Paramos o carro no semáforo e lá vem mais propaganda. 

A propaganda só vem exaustiva no caso de fazer-nos consumir mais, se for para garantir-nos algum direito ela virá bem escondidinha, entre linhas, de forma que, para compreender de fato seu direito você lamentavelmente terá de contratar um advogado pela complexidade em que se torna o reclamar. 

Portanto no momento que desejamos adquirir algo devemos analisar além da aparência física do utensílio, também devemos esmiuçar o material ao qual é fabricado, história da marca, o preço, que tipo de energia e mão de obra usa , como usa e de preferência que esse produto seja ecoeficiente. 

Além desses itens físicos do produto, existe ainda o que está por trás e que hoje se torna algo que agrega muito mais valor ao produto final que é a responsabilidade social da empresa. É interessante procurarmos saber se não emprega trabalho infantil nem escravo, que o uso de recursos naturais seja de forma sustentável, que demonstre sua preocupação em diminuir seu impacto ambiental promovendo ações socioambientais responsáveis. 

Voltando as propagandas, essas em panfletos deveriam ser abolidas completamente, pois se tornam um resíduo pernicioso rolando pelas ruas, pois ao serem colocadas por todos os cantos dos portões e caixas de correspondência, na maioria das vezes é o chão que ganham e posteriormente um bueiro. Talvez devêssemos não consumir nada dessas empresas, pois colaboram com geração de lixo, com desmatamento e poluição das ruas e consequentes enchentes, e são ideia herdada das poluidoras propagandas políticas em épocas de eleição. 

Valorizar empresas responsáveis com questões socioambientais dignifica o produto adquirido e nos proporciona estar contribuindo como um aliado das iniciativas socioambientais dessa empresa escolhida. Logo, estamos também fazendo nossa parte pelo planeta e para a sociedade. O consumo consciente não garante só uma boa aquisição, mas se bem avaliado garante uma sociedade mais justa e um ambiente mais puro.

1 de maio de 2012

DIA DO TRABALHADOR será ?



Adriana Teixeira Simoni



FELIZ FERIADO,

FELIZ DIA DO TRABALHADOR!!!
Os trabalhadores brasileiros comemoram rodeados de “festas” com artistas famosos e também com escândalos políticos que demonstram a promiscuidade presente em todas as esferas públicas do poder . A corrupção aparece a cada dia com requinte diferente desviando dinheiro de investimentos da saúde, segurança, educação e saneamento enquanto isso o trabalhador comemora... “ a falta de creche, a falta de médicos, a falta de escola , a falta de emprego...”

Porém o excesso de demagogias e uma variedade de promessas eleitorais continuam a impulsionar essa roda perfeita de corrupção, porque anestesiado ou cansado o povo brinda com tudo isso sem manifestar sua indignação , apenas reclama e ainda assim engambelado novamente muitos ainda votam ...

Diante dessa roda gigante que envolve a grande MAIORIA dos políticos, é um desafio o trabalhador se manter confiante em buscar o sustento de sua família com honestidade, pois maus exemplos pipocam no horário nobre da sua TV diariamente...



Um Pouco mais  de reflexão:

Por Mirian Sales Oliveira
http://www.msor.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=2588591

Por Sandra UGA
http://uniaoglobaldeatitudes.blogspot.com.br/2012/05/dia-do-trabalhador-o-que-comemorar.html

28 de abril de 2012

TRANSPOSIÇÃO DE IDEIAS




Adriana Teixeira Simoni

De uns tempos pra cá, transpor pode-se dizer sinonimamente que estamos dando piruetas sobre as possibilidades ambientalmente corretas e necessárias para com as condutas e os documentos que regem os comportamentos mais eco-eficientes destinados ao planeta como um todo.

Considerando aí as condutas públicas de não conter e não valorizar o tamanho dos impactos que proporcionam o comprometimento ambiental, como as causas do aquecimento global, os avanços dos desmatamentos, a poluição sem controle, o demasiado uso de combustíveis fosseis, o assoreamento de rios e nascentes, a depredação dos recursos naturais causados por obras sem necessidade e também na deposição final dos diversos resíduos produzidos pela produção e consumo , o lixo, comprometendo o equilíbrio ambiental mínimo em muitas partes do Brasil. 

Direcionando aos fatos, a obra da Usina de Belo Monte foi amplamente denunciada por todos os estragos que virá a empreender tanto ambientalmente como socialmente, comprometendo a sobrevivência dos povos ribeirinhos desestabilizando todo ecossistema local, onde a produção de energia que prometem é irrisória frente aos problemas ambientais que causará sem ter como voltar atrás, e não é só Belo Monte, temos outras usinas mais.

Temos também a alteração do código florestal que compromete o futuro das florestas e da biodiversidade brasileira onde pesa extenuantemente os problemas socioeconômicos, ambientais e políticos dessa aprovação causando um profundo comprometimento nas APPs (áreas de preservação permanente) que jamais poderá ser regenerado, pois o texto aprovado não estimula isso nem agora nem para o futuro, comprometendo assim, definitivamente ao dar anistia a desmatadores criminosos, o progresso do fim das florestas.

Nessa sequência de transposições de ideias, onde o Poder público coloca como sendo uma prioridade energética, e uma prioridade ambiental esses dois fatos acima, a transposição se dá no momento em que a real utilidade dessas obras não pode ser a que está sendo alardeada pelo poder público, pois cientistas, ambientalistas e engenheiros provam que os resultados são negativos e que as respostas esperadas trarão impactos ambientais, sociais e econômicos sérios, com um custo benefício vazio. Portanto a ideia central não existe mais, seu caminho foi alterado, houve uma transposição da ideia.

Outro fato bárbaro que o ilustre Ex-presidente Lula deixou de espólio, foi a transposição do Rio São Francisco, uma obra também repleta de manifestações contrárias e hoje se confirma a inutilidade da obra frente aos gastos e a inviabilidade demonstrada até agora com os frequentes problemas encontrados, e ainda faltam mais de 50 % para concluir , dinheiro jogado fora que poderia levar água encanada aos povos sem acesso. As decisões políticas ultimamente têm sido a revelia dos interesses da sociedade.

Do global para o local, Mogi Mirim dá um destino para o lixo rodeado de suspeitas e de despesas excessivas que não estão garantindo uma preocupação socioambiental condizente. Promessas referentes a uma futura usina de Lixo requer atenção para não permitir aí a transposição da ideia central e preocupante no destino final do nosso lixo.

É importante a sociedade cobrar uma destinação final para o lixo mais adequada, ambiental e economicamente mais sustentável, que permita a inclusão dos catadores nesse ciclo efetivamente incorporados, pois são muitas famílias que sobrevivem desse trabalho e que sem esse emprego estarão propensas a miséria e a infortúnios que poderão se virar contra nós, a própria sociedade.

21 de abril de 2012

FALTA EDUCAÇÃO AMBIENTAL





Adriana Teixeira Simoni

Desfrutando um tempinho longe da tela do computador aproveito para ler alguns artigos em revistas antigas, que peguei dias atrás de uma lixeira nas proximidades onde moro. É bom lembrar que caso eu não as tivesse pegado, muito provavelmente estariam mais tarde voando pela rua, comprometendo de vez a sua reciclagem e seu retorno ao ciclo produtivo. Além é claro, da péssima aparência que deixaria na vizinhança. Sabe por que isso ocorre? Descomprometimento do meu vizinho com a sociedade, com o próximo e com o seu próprio LIXO.

Esse cidadão não se preocupa em saber que dias a cooperativa de lixo passa para pegar, não percebe que apesar de ter catadores autônomos que percorrem o bairro ainda assim o monte de revistas permanece lá por mais de um dia. Isso porque hoje pode não estar atrativo o preço do papel, portanto o catador não pega, pois apenas fará peso em sua carrocinha e não lhe renderá nenhum dinheiro, assim como outros itens. Já a Cooperativa de Reciclagem Coopervida com o Projeto reciclar, pega todo material com possibilidade de reciclagem, por isso a presença dessa instituição na cidade é algo que merece reconhecimento e investimento, são várias famílias que trabalham unidas.

O fato de colocar pra fora do portão não encerra nossa responsabilidade com o lixo. Depois das revistas estarem rasgadas e espalhadas pela rua, dificilmente surgirá algum cidadão para juntá-las. Mais difícil ainda será encontrar alguém que se importe com lixo que não é seu. Tal possibilidade só ocorrerá quando um bueiro entupir e a água danificar sua própria propriedade, neste caso ele reclama, bate o pé, chia , estrila, procura os “direitos”.

Voltando as minhas leituras, o que me levou a escrever hoje, foi o comentário no painel do leitor numa das revistas, onde um pai dizia que a sua filha de apenas quatro anos havia lhe perguntado por que os Garis varriam as ruas.  E este pai respondeu prontamente o porquê dos garis limparem as ruas; no que retrucou à pequena que quando crescer queria ser lixeira. Esse pai complementa dizendo que desde então sua filha tornou-se responsável pelo seu próprio lixo e ainda orienta os demais na casa nesta mesma prática.  Vejam, tão pequena a menina e  tamanha  consciência ecológica.

Isso nos leva a crer que a educação para com o ambiente deve ser iniciada quando bem criança para que em sua mente forme a imagem da conduta correta e da ética que deve implementar por uma vida inteira. O planeta clama por essa ordem, isso sim será o diferencial para sustentabilidade, a EDUCAÇÃO crítica e construtiva.

Hábitos costumam se grudar na gente e os maus hábitos, esses nos corrompem e nos prejudicam igualmente por uma vida inteira. Precisamos combatê-los. Sabe-se que desgrudar maus hábitos é a coisa mais difícil e extremamente mais difícil na idade adulta depois de se acostumar a eles.

Assim sendo seria muito mais conveniente e adequado construir bons hábitos o mais breve possível em nossas vidas.  Para isso basta programar uma educação sistemática no transcorrer do convívio familiar e ambiente escolar das crianças promovendo práticas de comportamento ecologicamente corretos e cobra-las dentro e fora da escola para tornar-se algo natural.

Não há mais tempo, o planeta acena por iniciativas urgentes. A sociedade cresce deslumbrada com o avanço da tecnologia e esquece todo o resto, se desprende de valores e se perde na violência contra si, seus semelhantes e o planeta. Conscientizar apenas com leituras não muda ninguém, precisa implementar a prática sistemática em prol do planeta.

14 de abril de 2012

UMA AVE DE VÁRIOS JULGAMENTOS



Adriana Teixeira Simoni

Um símbolo de paz e amor o Pombo urbano (Columba Lívia) é encontrado praticamente no mundo todo exceto nas regiões polares. Essas aves quando encontram facilidade de alimentação e abrigo se reproduzem descontroladamente. Uma ave que simbolicamente representa a Paz não trás a paz propriamente a todos os cantos, sua presença em certos lugares pode desencadear vários problemas tanto ao ambiente como a sociedade. E a própria sociedade, muitas vezes é a culpada ao facilitar ou disponibilizar alimentos a esses  pombos urbanos.

Os pombos em grandes concentrações contribuem para o comprometimento da saúde pública onde contaminam o ambiente com fungos e bactérias além de causarem transtornos ambientais e materiais. Suas fezes ácidas danificam e sujam monumentos, marquises e comprometem o visual central das cidades. Além também de atrair insetos e ratos devido a restos de comida e acumulo de fezes nos locais onde vivem. Os pombos também transmitem doenças aos homens oriundas da aspiração da poeira de suas fezes e também dos ácaros que carregam em suas penas e ninhos.

Essa ave símbolo da paz e do amor pode ser preservada sem que nos cause tantos dissabores, basta um manejo adequado diminuindo a disponibilidade de alimentos e locais utilizados para abrigo para desta forma não infringir o código de proteção aos animais e manter os pombos urbanos em número controlado. O que também proporciona a sua volta a natureza a procura de alimentos em locais fora do perímetro urbano de forma dispersada sem causar danos ambientais e a saúde humana.

O que na verdade me estimulou escrever sobre esse assunto foi uma semana que convivi com um columbófilo na Argentina. Tomar conhecimento dessa prática na qual não se ouve falar a muito tempo, onde o termo já foi utilizado até mesmo em letra de música “ Pombo correio, voa depressa e essa carta leva para meu amor...”  me desencadeou curiosidades sobre o assunto.

No Brasil essa modalidade desportiva já passa dos 60 anos, foi primeiramente utilizado para comunicação pelo exército brasileiro, porém é bastante difundida na Bélgica, Holanda, Alemanha, Argentina e Portugal. É um hobie que desenvolve fanatismo igual a futebol, e há columbófilos por todo Brasil proporcionando aos praticantes desse desporte reconhecimento internacional.

É Fantástico ver como um columbófilo se comporta num dia de corrida, hoje com a tecnologia usam celulares a todo instante para enviar as marcas sejam da partida dos pombos ou quando iniciam as chegadas aos pombais participantes. Em média cada columbófilo  manda para largada 5 a 6 pombos competidores e quando chegam trazem em suas patas um anel que consta seu número cadastrado na confederação e   este é depositado num relógio  lacrado na qual será aberto na associação para verificação de qual ave chegou primeiro,  calculando os quilômetros percorridos até  o seu pombal de nascimento  e o  tempo gasto. Nessa corrida que acompanhei, os pombos foram soltos a 1200 Km de distância e levaram dois dias para voltar ao pombal de meu amigo, isso porque pegaram chuva dois dias no percurso do vôo.

Todos os pombos são criados e tratados para essa prática com vacinas e alimentação balanceada, pois atingem a marca de 80 a 100 km/h nos vôos de retorno. Realmente é bastante interessante, pois os pombos se nada lhes ocorrer pelo percurso sempre voltam ao pombal onde nasceram. No caso da columbofilia trazem além da paz ao proprietário pelo retorno de seu indivíduo, trazem também  uma noticia boa caso o cálculo lhe propicie ser o vencedor da corrida com prêmios simbólicos e dinheiro. Ainda que fantástica a participação nesse esporte e meio de comunicação,ainda prefiro utilizar  o email.

7 de abril de 2012

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DO LIXO


Adriana Teixeira Simoni


Do caminhar e cantar da canção de Geraldo Vandré, que acabou por inspirar esse texto, intento externar numa antiga lição quando se morria pela pátria e vivia por paixão. Todavia, os tempos andaram muitas vezes na contramão das demandas e necessidades sociais desse pais . E não se pode negar que ainda que a tropeços, pouco se conquistou e muito se deixou pelo caminho.

Em épocas que a imprensa e todas as condutas eram apontadas e controladas. Quando tudo deveria exalar perfume de flores e nunca da contrariedade ou da discórdia das ideias impostas por Generais e outros;  muitos ainda corriam  perigo de serem esfolados pelos domínios preponderantes da época, pois  instigavam com voluntariedade  a mudança e a democracia que desejavam.
A liberdade de ideias adentrou a roda da diversidade nos infortúnios e na extremidade;  nas glórias, como ainda hoje, são muitos com nada e poucos com muito. A angústia apenas mudou de forma, pois  agora vivemos na angustia de não saber sobre o futuro...

A angústia tenta se disfarçar no consumo das tecnologias que são as armas usadas pelo poder para que todos fiquem inertes, felizes, imóveis.  Todavia funcionais na ciranda comercial onde pouco importa se capaz de interpretar as próprias mensagens que escreve através das mesmas tecnologias que manipulam, o que importa mesmo: é que saibam operar quando solicitado uma urna eletrônica...

Nesta angustia sobre o futuro desse país, que vislumbra o progresso, mas que, não investe nada em sua própria coletividade, apenas vive de indicativos que não falam a verdade, pois nos mostram por telescópio a situação do país , não usam a lupa necessária para ver detalhes.  Apenas  servem  para  ilustrar a vaidade dos interesses políticos.

A  sociedade, “feliz pelo consumo”, vive assustada pela falta de disciplina e pela violência instalada  no desinteresse político  na qual nem  mantém a ordem , nem tão pouco avança   na conquista do progresso.  Porém neste caso,  tenta combater  a corrupção no meio político , esse já falido de créditos,para  assim  reconquistar alguma confiança.

Enfim, as tecnologias avançam para a sobrevivência do consumo e felicidade da nação. Porém  paralelamente cresce o lixo, o resíduo inerente desse progresso individualizado de crescimento.  Todo  avanço tecnológico  também é diversificado para dar o destino correto a esses, mas o que se vê na verdade...É muito lixo pelas esquinas.

A melhor escolha para o destino final do Lixo seria  garantir preservação do ecossistema gerando  emprego e renda e  incluindo com respeito e seriedade o serviço das cooperativas de reciclagem e catadores, para assim ostentar o tripé econômico, social e ambiental da sustentabilidade no município.

Tanto o lixo como as flores podem nos silenciar. O lixo pelo seu odor quando acumulado em grades volumes e as flores pelo perfume que pode nos inebriar. Já na política, jamais devemos nos silenciar; proteste, manifeste sempre sua inconformidade, vote consciente!


Quando acreditavam nas flores vencendo canhões, acreditavam na possibilidade de mudanças. Hoje se confiarmos na riqueza que é o lixo, ganharemos a tão sonhada sustentabilidade do planeta como conquista para o futuro das próximas gerações. Por tanto, vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer...



31 de março de 2012

RITUAIS AMBIENTAIS

A HORA DO PLANETA
Adriana Teixeira Simoni

Rituais são manifestações muito utilizadas pelas religiões como forma de persuadir e transformar ou ainda como cerimoniais cumprindo tradições para estimular um envolvimento numa influência psicoemocional positiva.Todavia , o ritual que eu gostaria de trazer  para reflexão aqui  dentro do tema ambiental é o JEJUM. Uma abstinência induzida como forma de incitação à conscientização sobre as  boas práticas ambientais.

No momento atual estamos sendo metralhados com chamadas de conscientização para o eminente risco de acabarem os recursos naturais, onde essa perspectiva pode ser desastrosa para a vida humana em curtíssimo prazo via aquecimento global. Portanto nos cabe reflexão e atitude e novamente reflexão, partindo então para a transformação de hábitos e atitudes. Há uma urgência nessa transformação cultural para que seja possível alcançar a sustentabilidade ambiental plena, valorizando também medidas que apoiem o social, econômico  em sentido global.

A sociedade no momento que se encaminha para o crescimento e para a transformação cultural entra num caminho sem volta, pois a transformação cultural só impulsiona para frente, jamais permite que retroceda. Depois de apreender boas práticas ambientais a tendência é sempre de crescimento, pois sabemos que o fim verdadeiro dessa atitude retorna a nós mesmos.

O ritual do Jejum será abordado como uma obediência ritualística para estimular a conscientização sobre a problemática ambiental.  A abstinência temporária já foi utilizada na questão ambiental como forma de demonstrar ressalvas quanto à forma de consumo moderna, abrangendo a pegada de carbono, substituindo formas de energia por energias mais limpas, intensificando o uso de bicicletas, enfim o jejum ambiental seria uma forma de abster-se por algumas horas, dias, minutos de extinguir, consumir, de destruir o planeta.

Entre esses organizados  movimentos de jejum os mais conhecidos foram: “O dia sem compras” -  uma convocação da sociedade para evitar o consumo durante um dia -   “O dia mundial sem carro” -  onde a sociedade deixa em casa o carro e utiliza outros meios de se locomover - “O dia da bicicleta para o trabalho ”  - convocando a todos  irem trabalhar de bicicleta ao menos um dia. No povo mulçumano iniciaram em Chicago no seu tradicional jejum o ”Ramadan verde” consumindo  em seu ritual apenas alimentos cultivados localmente em favor da economia familiar.


Portanto, hoje chegamos ao nosso primeiro dia de jejum no ano de 2012. Hoje, dia 31 de Março entre as 20h30 às 21h30 se dará “A HORA DO PLANETA”. Momento em que apagaremos as luzes durante 1 hora.

 

Esse movimento “A HORA DO PLANETA” foi uma iniciativa da WWF que tornou o movimento mundial ao convocar o mundo todo a apagar as luzes durante uma hora para poupar o planeta. Desde 2006, quando ocorreu a o movimento a primeira vez em Sydney na Austrália, tem garantido a cada ano maior adesão de países, sendo que no Brasil vem aumentando o apoio de empresas e setores públicos engajados à Hora do Planeta, onde  em 2012 o Rio de Janeiro será nossa cidade-âncora, monumentos da paisagem carioca serão apagados como o Cristo e a orla de Copacabana.

 

Além das luzes dos prédios públicos e sedes de grandes empresas serem totalmente apagadas numa manifestação pura e reflexiva sobre o aquecimento global e os demais problemas ambientais vividos pela humanidade.    

 

Participe! ! Seja mais um nesse bilhão de pessoas que participarão do movimento  mundial  A HORA DO PLANETA.  Apague as luzes durante 60 minutos num ritual em prol do planeta.



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