23 de junho de 2012

RASCUNHO ZERO




Adriana Teixeira Simon


É fato que quando queremos escrever algo de valor nos remetemos ao uso da útil ferramenta “rascunho”. Ela nos permite errar, não concordar mais, mudar o sentido do texto, inverter posições. Também nos permite desistir daquele parágrafo inteiro e preterir seu uso para o futuro.

Contudo, que rascunhar ideias seja útil, o pensamento que nos encaminha a cada rabisco tem uma ideia central, tem um tema, uma direção que nos envolve e inspira, culminado finalmente num texto que venha manifestar o tema pretendido, que na Rio+20  será de  ações globais para o desenvolvimento sustentável.

Entre os dias 13 e 22 de Junho a Conferência das Nações Unidas para o desenvolvimento Sustentável reuniu muita gente importante no intuito de redigir um documento final que viesse a estabelecer metas para o crescimento econômico social e ambiental para os próximos 20 anos.

Todavia ao acompanhar tudo que se passou na Rio + 20  de positivo ou de negativo em relação ao “Futuro que Queremos”, foi possível perceber que a sociedade e entidades civis aproveitaram os espaços destinados a discussões paralelas na cidade do Rio de Janeiro para protestar sobre vários temas. Há  quem diga que  nesses espaços era possível anotar  rabiscos  que deveriam ter sido levados em conta nesse documento final, pois manifestações sociais sempre procuram mostrar onde a pedra está realmente apertando no sapato.

Chego a concluir que por meio dessa grande conferência pouco de imediatismo com referência a soluções ou inovações para implementar o desenvolvimento sustentável irão acontecer . Servirá novamente para destacar o adiamento das decisões mais importantes e necessárias comprometendo  o crescimento equilibrado e postergando adequações compartilhadas entre nações.

Os países desenvolvidos não ponderam em declinar de seu crescimento impactante e por outro lado os países em desenvolvimento também pretendem atingir igual patamar. Nesse impasse os países em crescimento são mais cobrados para criarem infraestruturas verdes que não lhes impeça continuar o crescimento, porém com uso de novos mecanismos para contemplar a redução dos impactos contra o planeta. Uma exigência com a intenção de passar a borracha no texto, na degradação cometida pelos países ricos nos últimos anos. Reincidente: “Faça o que eu mando, mas não o que eu fiz!”

Que esse grande rascunho,  permita acreditar no progresso ao passar a limpo o texto.  Com a possibilidade de ver redigida a devida proteção das florestas, das águas e oceanos, a segurança alimentar, a redução da pobreza sendo tudo isso acompanhado do crescimento econômico. O desafio continua sendo frear o consumo dos recursos naturais sem, contudo deixar de crescer. Buscar qualidade de vida sem depreciar a inclusão e preocupação na redução das emissões de CO2 embutidas nesse crescimento. Haja preparação e vontade política!

Entre discussões globais e discussões em ambitos mais restritos creio haver maiores possibilidades de formatar um rascunho melhor e mais articulado em núcleos menores, o que possibilita apresentar definições em direção ao desenvolvimento sustentável com soluções mais realistas focadas num olhar local.  Entretanto, um texto que permita traçar caminhos sustentáveis para agora e não prescrevê-los nas iniciativas ou em outras discussões a partir de 2015 é algo que esse rascunho final não propõe para a Conferência Rio +20.


13 de junho de 2012

TRAÇANDO CAMINHOS PARA A SUSTENTABILIDADE



Adriana Teixeira Simoni



O Brasil como numa aquarela emblemática estará oferecendo o papel para dispor o desenho do encontro que se iniciou esta semana no Rio de Janeiro na conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. A ultimamente tão mencionada RIO + 20, que acontece 20 anos após a Rio 92, onde Líderes mundiais irão traçar caminhos para harmonizar nesse desenho claro e objetivo os caminhos que o mundo deve se orientar para conquistar o desenvolvimento sustentável. Nessa figuração é possível carregar na cor e na intenção as práticas que farão a economia verde crescer diminuído as diferenças e otimizando o uso dos recursos naturais, transformando preservação em crescimento e equidade contribuindo na redução da pobreza e dos impactos ambientais.

Desde a Rio 92 na consagração do conceito de desenvolvimento sustentável tornou-se uma crescente o entendimento e a conscientização da sociedade e o envolvimento do empresariado sobre a necessidade de se dar atenção para e economia permeando ações para o social assim como para o meio ambiente, pois ao desligarmos um aspecto do outro não se faz possível o desenho perfeito e sonhado do desenvolvimento sustentável. A prática contemplando essas três faces garante um futuro arredondado e equilibrado permitindo o avanço tecnológico produtivo unido ao crescimento social.
            
 O traço em direção a sustentabilidade ainda que não esteja sendo  usado com segurança e certeza pelo setor produtivo brasileiro  é o  modelo   que possibilita  um  crescimento equilibrado unindo o crescimento econômico e social  a dimensão ambiental, o que  possibilita  a  concretização de  um investimento lucrativo ao empresário com a  quebra do paradigma de que o dinheiro gasto com preservação não é  um  investimento com retorno. Fato possível e comprovado, pois a economia verde pré dispõe a um grande potencial transformador produzindo oportunidades econômicas sustentáveis junto da redução das desigualdades sociais resultando num  retorno lucrativo em médio prazo.
           
O interessante seria também a contemplação do aspecto cultural da sociedade, onde a variedade cultural pode ajudar a traçar novos caminhos para que a economia absorva na capacidade local a oportunidade de se tornar verde pela união da diversidade cultural com a biodiversidade local proporcionando inclusão e reconhecimento, valorizando as potencialidades humanas, culturais e ambientais do local o que otimiza ainda mais  o rumo a sustentabilidade.
            
A própria palavra desenvolvimento nos emite ao progresso. Então se é para progredir sustentavelmente logo é para crescermos progressivamente permitindo a todas as gerações seguirem o mesmo traçado usufruindo igualmente do planeta assim como num desenho circular, todos com as mesmas oportunidades.

Todos com foco em não permitir o consumo irresponsável dos recursos naturais do planeta, pois nossa qualidade de vida depende de tal atitude. É imprescindível para o sucesso da vida e de toda a natureza que todos os países estejam realmente imbuídos na busca de uma economia mais saudável para o bem de toda a humanidade. A conferência Rio + 20 tem esse objetivo. 

Que assim seja para o bem do planeta!

9 de junho de 2012

TRANSPORTE RESPEITO E ECONOMIA



Adriana Teixeira Simoni

Fico às vezes deblaterando com meus próprios pensamentos a questão do transporte no Brasil. Porque ele não é pensado na ordem de fato que a questão necessita ser ajuizada, planejada, discutida, implantando as soluções?

O Brasil age como um adolescente frente às questões sociais e políticas que devem ser discutidas e praticadas. Todo e qualquer movimento político desabrocha frente a uma necessidade urgente e já exposta, nada é sistematicamente planejado e implantado conforme a premente necessidade se coloca. A não ser que a palavra de ordem seja aquecer o consumo, aí responde rápido ao poder empresarial baixando impostos e incentivando o consumo, mas sempre na contra mão da sustentabilidade, nunca a favor.

O que me levou a tão furioso pensar foi o artigo “Fora dos Trilhos”, onde uma frase do professor doutor do Instituto de Economia da Unicamp, Eduardo Fagnani diz: “Transporte é um direito do cidadão, e não apenas do torcedor da Copa do Mundo.” E ele tem toda a razão! Aqui no Brasil só se age quando a água já atingiu o pescoço, além de incentivar expressivamente o uso do carro particular.

Os problemas de transporte já transitam congestionados há muitos anos e já deveriam ter sido providenciadas tempo a tempo ações a esse respeito. Porém de uns anos pra cá o que mais se vê são adequações para comportar mais veículos particulares nas vias das cidades, inclusive derrubando patrimônios históricos para garantir ganho privado em estacionamentos. Não há uma preocupação em resolver o problema de transporte, só ações paliativas como rodízios, pedágios e estacionamentos taxados nas vias públicas. 

O fato é que o transporte público nunca foi pensado, quanto mais planejado. Houve um deslumbramento do Ex-presidente Lula para se postar na história do País como um “herói” trazendo a Copa do mundo novamente para o Brasil. Um País que ostenta uma segurança ignóbil além de tantos outros problemas que justificariam melhores investimentos e compromissos para garantir a qualidade de vida desse povo a qualquer tempo, independente de períodos festivos .

É difícil conceber a forma como esse País marcha, pois havia inúmeras estradas de ferro espalhadas por esse Brasil de norte a sul e principalmente pelo Estado de São Paulo e Minas Gerais que condenaram a vida de muitos operários durante a sua construção, desbravando matas num trabalho muito mais árduo e insalubre do que as tecnologias atuais permitem e foi tudo em vão, pois arrancaram os trilhos sem dó nem respeito a quem ajudou a construir com suor e impostos.

Todas essas ferrovias foram desativas abandonadas e destruídas para que o “maldito progresso” do transporte rodoviário se despontasse frente a lucros lombrigados pela indústria montadora, transportadoras e outras que ainda hoje perpetuam em detrimento de políticas eficientes para o transporte da nossa produção e de passageiros.

O certo é que tínhamos várias veias e artérias irrigando os vários troncos férreos existentes. Isso poderia continuar proporcionando transporte de carga e passageiros com muito menos poluição e impacto aos recursos naturais o que seria um exemplo perfeito de sustentabilidade com respeito a vida humana, a economia e ao meio ambiente.

5 de junho de 2012

ARTE EM ROLHAS - RECICLANDO CORTIÇA




No intuito de achar um destino útil para as rolhas que guardo depois de consumir os vinhos acabei presenteado uma amiga com uma Gira-rolha para compor sua coleção que hoje 05/06/2012 está em 514 isso se já não estiver alguns números a mais...
O fato é que fiz uma armação de arame, amassei papel jornal sobre esse arame e posteriormente passei fita crepe e iniciei a colagem das rolhas com cola quente , que em partes fiz inteiras em outras pela metade e em alguns buraquinhos colei pedacinhos. Utilizei rolha fatiada para fazer a crina olhos. O rabinho utilizei uma fita em couro. Não passei nenhum verniz, portanto entreguei o presente com aroma de vinho...rsrsr
MINHA AMIGA ADOROU! Isso foi recompensador, tal fato gerou até sugestão para que desse aulas de artesanato kkkkkkk  nem tanto né pessoal!!!??

Abaixo outras dicas das possibilidades que a cortiça em rolhas pode desempenhar, não fui eu quem fez mas peguei as fotos pela Net.

Pen Rolha

Aparador de panela

Guirlanda de Natal

Poltrona

Enfeites de natal - árvore

Tapete

Carimbos

2 de junho de 2012

COMEMORAR ECOLOGICAMENTE



Adriana Teixeira Simoni

Dia 5 de Junho, poderia ser um dia repleto de comemorações, pois sendo o Brasil o país com a maior quantidade florestal do mundo, numa pequena disputa com a Rússia, porém essa possui outro tipo de vegetação que não pode ser considerada floresta como a nossa, e sendo assim, somos possuidores da maior floresta, que grande triunfo! Isso seria  ótimo se não parecesse trágico!

Possuir o maior pulmão verde, a maior biodiversidade, regados por uma boa quantidade de água doce além de outras riquezas naturais, isso tudo desenvolve muita cobiça, o que tragicamente coloca toda essa divina beleza em risco.

Nossas florestas se transformam em campo de guerra de grileiros e serrarias desmatando com suas serras árvores bárbaras que demoram anos para chegar naquele talhe, onde agregam a si a vida de tantas outras espécies em seu tronco, seus, galhos, sua sombra, sua flor, sua semente, em sua seiva. Na fotossíntese ainda nos afagam com uma boa troca de  gás carbônico por  Oxigênio  tudo isso apenas para permanecerem vivas. Apesar de nossas contribuições poluidoras diárias elas continuam nos fornecendo oxigênio assim como as algas, são resilientes frente a tantas atrocidades que as circundam.

Enfim essas nossas belezas verdes despertam a ambição  se tornando  crime, crime de grilagem, de biopirataria, desmatamentos, queimadas, expansão da atividade agrícola irresponsável, extrativismo mineral desequilibrado e outros. Tudo no intuito de favorecimento de poucos, quase sempre baseados na corrupção, com exploração de mão de obra escrava, destruição e comprometimento de reservas indígenas.

De que forma podemos mudar essa realidade?  Entendo ser difícil atingirmos os altos escalões da corrupção que se encontram muito próximos da destruição de nossas florestas, mas podemos mobilizar-nos ao menos para cobrar dos políticos que elegemos mais decência e atitudes  mais éticas com o cargo que ocupam. Que  esses senhores se preocupem em obrar em defesa de um País mais sustentável e saudável não permitindo a dilapidação de nossas riquezas nas formas tão acintosas que se mostram e pior ,  com anuência desses mesmos senhores legisladores que possuem o poder de assinar.

São tantas as discussões sobre a poluição do ar, destruição da camada de ozônio, comprometimento do solo e da água; desmatamento; diminuição da biodiversidade e da água potável ao consumo humano, destruição das espécies vegetais e dos nossos rios, da extinção de animais, enfim, são tantos dissabores a comemorar que a sociedade precisa dar um basta. A natureza até nisso é sábia, pois ela vai resiliente se renovando se reestabilizando, porém a destruição e o uso dos recursos naturais estão excessivamente altos, o que compromete a sustentabilidade a autorrenovação desse esplêndido ser, o planeta terra.

Vamos comemorar assim mesmo! Vamos nos mostrar sensível a questão ambiental.  Vamos nos envolver como agentes ativos em direção ao desenvolvimento sustentável, unindo forças e vozes na permanente defensivo da vida planetária, promovendo nas ações ambientais conscientes a garantia de que todos terão um futuro mais seguro e mais saudável. 

Dia 5 de Junho Dia do Meio Ambiente, comemore preservando-o! 

25 de maio de 2012

EVOLUÇÃO REQUER A SOCIEDADE



Adriana Teixeira Simoni

O assunto lixo vem sendo discutido em muitos dos meios de comunicação, numa  busca incansável de  soluções para o  descarte do lixo, isso chega a ser incompreensível, pois  algo que comprovadamente agrega tanto valor, entretanto  as soluções no seu   destino  correto  fazem tantos rodeios.

A questão é profundamente preocupante, pois se afunila nas exigências advindas de novas normas e legislações que impõem data limite para soluções quanto ao fim dos lixões e cobram destinação adequada dos municípios brasileiros. Paralelamente aumenta a produção lixo ao mesmo tempo que  a população anestesiada pelas artimanhas do capitalismo se deixa cair nas armadilhas do consumo fácil,  do consumo descartável.

O fato é que toda e qualquer iniciativa referente a soluções quanto ao lixo devem incluir a sociedade e incluí-la efetivamente, pois não é aceitável com tudo que é falado, discutido e difundido nas mídias se encontrar parte dessa sociedade descomprometida e sem participação nas questões envolvidas com a preservação ambiental. Não basta só levar a sacola retornável ao supermercado para se dizer agente ambiental.

Quando se fala em comprometimento dessa população no assunto destino correto do lixo se evidencia a necessidade da evolução dessa sociedade para lidar com o lixo para lidar com algo de alto valor agregado, onde é possível extrair energia, geração de renda com a saída da miséria para muitas famílias além de economia dos recursos naturais, a famosa sustentabilidade.

A população precisa estar consciente de sua importância nesse processo relacionado ao destino do lixo urbano, e do reciclável,  pois  antes de qualquer investimento pelo município em qualquer das tecnologias  disponíveis para dar o fim  adequado ao lixo,  desde que a  tecnologia elegida não venham a prejudicar o ambiente a sua volta , a população  precisa ajudar separando  o  lixo reciclável do lixo orgânico possibilitando assim  o sucesso desse plano.

As cooperativas de recicladores quando conveniados a prefeituras onde um apóia o outro, a coleta seletiva pode ser bastante incrementada aumentando consideravelmente o lixo reciclável recolhido e encaminhado a geração de renda, livrando assim  o município de despesas inúteis com a disposição  final desse material “rico”  proporcionando um ganho socioambiental  fantástico.

Presenciei um dia de coleta de lixo num  bairro  de classe média alta,  eram umas 19h00 onde praticamente em todas as lixeiras havia uma infinidade de produtos recicláveis misturados entre outros lixos contaminados dispostos para  a coleta urbana levar. Fato que revolta,  pois já tem anos em que a cooperativa  de recicladores recolhe em dia específico da semana. Custa a sociedade  colaborar e separar para eles? Lógico que não! Mas é o que ocorre. 

Esse lixo “rico” demorará muitos anos para decompor e com esse destino irresponsável ou descomprometido acaba deixando de garantir o sustento de algumas famílias. Esse comportamento foi notado num bairro de classe média alta, porém   se fosse num bairro de baixa renda com certeza o preconceito daria outras explicações...

Vamos cuidar do nosso lixo e cobrar do poder público uma destinação adequada. Cada um fazendo a sua parte  logo chegaremos a evolução!


Por mais que tento me distanciar do assunto "LIXO" mais me aproximo....creio que hoje o que permeia minhas preocupações é a questão do "lixo" e as responsabilidades com ele envolvidas...


Fantástico é a frase em que fala de " lixo e luxo " pois é a verdade , o "lixo" possui uma série de riquezas que uma hora serão descobertas e virarão disputa entre muitos empresários....EU ACREDITO NISSO  E VOCÊ ?

16 de maio de 2012

DESTRUINDO FLORESTAS beneficiando classes





Adriana Teixeira Simoni

O  atual texto do Código Florestal aprovado em 25 de Abril,  após três anos de discussões nada mudou, pois o que tiraram de um lado de  proteção ao nosso planeta,  logo  outro texto, outro parágrafo e descaradamente  mudou na direção dos defensores do agronegócio. Os  ruralistas se mantiveram firmes em defender  os  desmatamentos já feitos bem como os futuros. Um texto que permite interpretações diversas e terrivelmente preocupantes quando a saúde e a sustentabilidade do planeta.

Nesses anos de discussões para decidir a sustentabilidade, decidir o prolongamento e a preservação de nossa existência enquanto seres que necessitam antes de qualquer “tablet” ou celular, de espaço saudável para habitar, de ar puro para respirar, de água para beber... Porém grita um ruralista: - Você precisa comer também, logo a agricultura precisa se expandir. Ora me poupem de tamanha expressão clara de falsa preocupação com a fome da humanidade.

Esse novo Código Florestal além de avançar nas Apps, também obscuramente inverte papeis com anistias absurdas que transforma desmatadores como compassivos da fome no mundo, como se esses distintos fossem salvar a humanidade, quando na verdade estão defendendo sua própria classe ao custo do desequilíbrio ambiental, ao custo de um futuro tenebroso com escassez de água, destruição de rios e  com o crescente e temido aumento da temperatura planetária.

É evidente a insistente defesa do agronegócio nesse processo de renovação do novo Código Florestal, fato que expõe da forma mais bárbara a condição de preservar ganhos com a invasão das Apps e também na ganância de não repor  os danos ocorridos com  as florestas, ajuizando na defesa que o uso da terra há muito vem desequilibrado e mal administrado  aproveitando-se  disso   como aval para a  manter anistia aos desmatares, transformando-os  em coitados e vítimas da má gerência do  uso da terra que ocorreram no passado como se isso fosse o sinal verde para seguir desmatando.

Preocupante quando se percebe que houve 274 votos a favor, 174 contra, demonstrando que  estamos nas mãos de perdulários do planeta, dilapidadores de nosso florestal, pois se passaram anos de discussões e pouco se fez na defesa da vida, o que se percebeu com  essa votação foi apenas a defesa de uma classe numa demonstração de poder  e apadrinhamentos.

Ambientalistas, cientistas e o governo haviam se manifestado a favor da aprovação das mudanças feitas pelo Senado  mantendo o equilíbrio ambiental e produtivo, porém novamente foram todos ignorados e partes importantes do texto foram suprimidas. Percebeu-se que o plenário estava decidido a afundar nossas florestas na ambição pessoal de uma classe implicada com o agronegócio. Tal fato pode complicar a posição do anfitrião na Rio + 20 , pois caso seja aprovado desta  forma  o código Florestal demonstrará que o Brasil não está muito empenhado com o desenvolvimento sustentável.

Não basta sermos donos da maior floresta do mundo, precisamos unir forças para garantir continuarmos sendo os donos da maior floresta conservando-a como o maior patrimônio do mundo. Para tanto aguardemos que a Presidenta Dilma vete por completo esse código florestal lhe garantindo também um desgaste menor nas exposições da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) que acontece  no Rio de Janeiro em Junho.

12 de maio de 2012

Natureza mãe, ou Mãe natureza?



Adriana Teixeira Simoni 


Personificada ou não, a natureza é feminina sim, representa a fertilidade sem dúvidas porque da terra ou na terra quase tudo se multiplica (perigosa afirmação), enfim, esse arquétipo feminino rodeado de cultos da fertilidade e de vida alimenta o conceito de que a terra é mãe e é a grande geradora de todo processo de vida do planeta. 

No entanto, se nós humanos somos fruto dessa fertilidade também somos os responsáveis pelo que recompensamos a mãe natureza pela vida que ela nos proporciona. Sendo assim nunca poderemos nos fazer vítimas das revoltas que ela  nos brinda vez ou outra com sua voraz resposta ao nosso comportamento. 

A mãe natureza nos envolve em catástrofes, e desgraças diversas o que para ela é apenas uma maneira verossímil de chamar nossa atenção, mesmo que com essa cruenta forma de nos educar ceife algumas vidas. Todavia essa foi à maneira que ela encontrou de reagir aos males que nós humanos ocasionamos a ela para satisfazer nossos apelos consumistas da modernidade e que pouco nos importamos se alguém ou algo prejudicou. 

Hoje o homem já sabe que a Natureza reage com certa fúria e também com maior frequência sobre os traumas que nosso modo de vida moderno têm infringido aos recursos que ela nos disponibiliza. Por muito tempo se extraiu, explorou a terra achando ser tudo infinito e lucrativo, hoje ainda se tira se suga, porém já se tem conhecimento de que pode acabar e que o preservar é mais lucrativo para o hoje e para o amanhã, porém pouco se faz por isso. 

A mãe Natureza faz questão de avisar que ela é generosa, mas cobra mesmo que tardiamente para manter o equilíbrio vital nos seus ciclos de vida envolvendo toda biodiversidade necessária cuja harmonia e equilíbrio depende a vida humana para sobreviver. 

Contudo somos muitos a condenar à morte o que a nós foi ofertado pela natureza mãe e essa completamente atônita com as indesejáveis fumaças,a poluição jogada nos rios, o uso indiscriminado de seus minerais e a destruição de sua biodiversidade se torna então mais vítima do que Deusa, pois na impossibilidade de manter-se viva aos poucos cede e perde alguma coisa mais de sua criação. 

Confrontamos essas reações da natureza ao nosso comportamento tentando contornar os males que lhe ocasionamos, estudando novos processos, instituindo leis de preservação, educando a humanidade para preservar e diminuir impactos, enfim a Natureza mãe por sua vez aceita e se reinventa nesse novo processo de cura, enquanto a Mãe Natureza continua a aceitar seus filhos redimidos dos males que lhe ocasionaram lhes permitindo continuar a compartilhar de sua criação e assim aproveito para desejar um Feliz dia das Mães!

5 de maio de 2012

CONHECER PARA CONSUMIR





Adriana Teixeira Simoni 

A Atualidade nos enreda em suas articulações e nos transforma para o meio em marionetes consumistas. O perigo não está somente em ser enredado pelo excessivo apelo publicitário, mas também pelo apelo do valor baixo. 

Hoje os materiais usados na fabricação de objetos e utensílios estão cada dia mais frágeis, com a verdadeira intenção de não durarem mesmo, pois o lucro deixaria de existir caso fossem feitos com matéria prima e especificidades para garantirem uma melhor qualidade com conseqüente durabilidade. 

Ora, desta forma ficamos atados a essa cadeia capitalista que nos paga pouco e nos suga por completo fazendo a sociedade consumir sem necessariamente querer. E veja que somos atacados por todas as frentes; se ligamos o rádio lá vem blá, blá ; ao assistir televisão no canal aberto ou TV paga idem, somos bombardeados com propagandas exaustivamente; quietos em casa aguardando os boletos para pagar o já consumido , o que encontramos na caixa de correspondências? Propagandas. Paramos o carro no semáforo e lá vem mais propaganda. 

A propaganda só vem exaustiva no caso de fazer-nos consumir mais, se for para garantir-nos algum direito ela virá bem escondidinha, entre linhas, de forma que, para compreender de fato seu direito você lamentavelmente terá de contratar um advogado pela complexidade em que se torna o reclamar. 

Portanto no momento que desejamos adquirir algo devemos analisar além da aparência física do utensílio, também devemos esmiuçar o material ao qual é fabricado, história da marca, o preço, que tipo de energia e mão de obra usa , como usa e de preferência que esse produto seja ecoeficiente. 

Além desses itens físicos do produto, existe ainda o que está por trás e que hoje se torna algo que agrega muito mais valor ao produto final que é a responsabilidade social da empresa. É interessante procurarmos saber se não emprega trabalho infantil nem escravo, que o uso de recursos naturais seja de forma sustentável, que demonstre sua preocupação em diminuir seu impacto ambiental promovendo ações socioambientais responsáveis. 

Voltando as propagandas, essas em panfletos deveriam ser abolidas completamente, pois se tornam um resíduo pernicioso rolando pelas ruas, pois ao serem colocadas por todos os cantos dos portões e caixas de correspondência, na maioria das vezes é o chão que ganham e posteriormente um bueiro. Talvez devêssemos não consumir nada dessas empresas, pois colaboram com geração de lixo, com desmatamento e poluição das ruas e consequentes enchentes, e são ideia herdada das poluidoras propagandas políticas em épocas de eleição. 

Valorizar empresas responsáveis com questões socioambientais dignifica o produto adquirido e nos proporciona estar contribuindo como um aliado das iniciativas socioambientais dessa empresa escolhida. Logo, estamos também fazendo nossa parte pelo planeta e para a sociedade. O consumo consciente não garante só uma boa aquisição, mas se bem avaliado garante uma sociedade mais justa e um ambiente mais puro.

1 de maio de 2012

DIA DO TRABALHADOR será ?



Adriana Teixeira Simoni



FELIZ FERIADO,

FELIZ DIA DO TRABALHADOR!!!
Os trabalhadores brasileiros comemoram rodeados de “festas” com artistas famosos e também com escândalos políticos que demonstram a promiscuidade presente em todas as esferas públicas do poder . A corrupção aparece a cada dia com requinte diferente desviando dinheiro de investimentos da saúde, segurança, educação e saneamento enquanto isso o trabalhador comemora... “ a falta de creche, a falta de médicos, a falta de escola , a falta de emprego...”

Porém o excesso de demagogias e uma variedade de promessas eleitorais continuam a impulsionar essa roda perfeita de corrupção, porque anestesiado ou cansado o povo brinda com tudo isso sem manifestar sua indignação , apenas reclama e ainda assim engambelado novamente muitos ainda votam ...

Diante dessa roda gigante que envolve a grande MAIORIA dos políticos, é um desafio o trabalhador se manter confiante em buscar o sustento de sua família com honestidade, pois maus exemplos pipocam no horário nobre da sua TV diariamente...



Um Pouco mais  de reflexão:

Por Mirian Sales Oliveira
http://www.msor.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=2588591

Por Sandra UGA
http://uniaoglobaldeatitudes.blogspot.com.br/2012/05/dia-do-trabalhador-o-que-comemorar.html

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...