20 de agosto de 2017

1º Prêmio Nacional Educação Ambiental em Ação

PARTICIPE!!


Participe, colabore, divulgue!


Juntos somos mais fortes, ajude a divulgar este prêmio inédito de Educação Ambiental! Este é o cartaz que pode ser impresso e colocado em murais de escolas e estabelecimentos de ensino. Participe, colabore, divulgue! Gratidão!

O I PRÊMIO NACIONAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM AÇÃO se configura em uma seleção de atividades e ações práticas relevantes de Educação Ambiental, que foram e/ou estão sendo desenvolvidas e aplicadas em estabelecimentos de ensino públicos ou privados, de todo o País, de todos os níveis de ensino.



Links de acesso: 



5 de maio de 2017

DIA MUNDIAL DO CAMPO

05 de Maio Dia do Campo

agricultura é a atividade que melhor representa o desenvolvimento humano sobre a terra.
Foi fundamental para a sobrevivência do homem pré-histórico e continua sendo indispensável ao homem moderno.
Desde o estabelecimento das famílias em aldeias, ainda em eras remotas, o processo agrícola tomou conta do dia-a-dia e implicou a divisão de trabalho dentro da família
Dia do Campo.
Há 10 mil anos, a Terra contava, provavelmente, cinco milhões de habitantes. No século 17, já havia 500 milhões. Desde então, o ritmo do desenvolvimento demográfico tem registrado um crescimento quase assustador.
Alimentar a todos os seres humanos sem destruir o planeta é o maior desafio da agricultura para este novo século.
Mas o campo resiste bravamente e se mostra capaz, com todas as adversidades, de gerar boas notícias.
No País, o campo segue como alavanca do superávit comercial: sem a produção agropecuária, o Brasil fecharia o ano no vermelho.
E tudo isso em um contexto no qual os brasileiros enfrentam barreiras e subsídios, enfim protecionismo, de outros países.
São dados que desmontam qualquer tese que aponta o desprezo à atividade agrícola.
As atividades realizadas no campo merecem bem mais respeito e atenção do que tradicionalmente vem sendo-lhes reservadas.
São, e continuarão sendo, importantes fontes de empregos, geração de renda e riqueza para o país e o mundo.
Fonte: Uol
Dia do Campo

05 de Maio

No Brasil, grande parte da terra está nas mãos de poucas pessoas, os latifundiários, e uma parte delas é totalmente improdutiva.
Assim, os menos favorecidos que poderiam ocupar essas terras e produzir seus bens, ficam impossibilitados de ter uma vida digna.
Essa situação é, na verdade, uma herança do período colonial, pois a Coroa portuguesa dividiu a colônia em 12 capitanias hereditárias, mantendo a posse da terra nas mãos de alguns súditos de confiança do rei.
Nasceu assim o latifúndio, no qual se cultivava única e exclusivamente a cana-de-açúcar, mediante o trabalho escravo.
Depois as capitanias foram substituídas pelas sesmarias, ou seja, grandes porções de terras que foram entregues a quem se dispusesse a cultivá-las, dando à Coroa a sexta parte da produção.
Obviamente, só poderiam se candidatar aqueles que possuíam bens materiais para bancar o início desse cultivo e a manutenção da terra. Ou seja, a terra ficou de novo com a aristocracia.
Mesmo com a Independência do Brasil, em 1822 e o fim das sesmarias, as imensas fazendas não foram divididas.
Nessa ocasião, foi decretada a Lei das Terras, que exigia que a compra e a venda da propriedade fosse negociada em dinheiro.
Novamente, o pequeno agricultor e o povo humilde ficaram longe do acesso à terra, o que gerou uma estrutura agrária de extrema desigualdade.
Os maiores avanços na democratização da posse da terra tiveram início durante o regime militar, com a criação do Estatuto da Terra, por meio da lei no 4.504, de 30/11/1964, que possibilitou o assentamento de trabalhadores rurais sem terra.
Dia do Campo
O Estatuto previa a criação de meios e dispositivos para reger os assuntos de ordem agrária no país. Então, o decreto – lei no 1.146, de 31/12/1970, criou o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que passaria a ser o executor da política agrária do Governo Federal, embora não tenha executado nenhuma reforma nessa época.
No final da década de 1970, surgiu, no Sul do país, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), como uma reação desses trabalhadores à indiferença do Estado.
A reforma agrária só foi retomada em 1985, com a abertura política. Entre 1985 e 1989, o Plano Nacional de Reforma Agrária assentou cerca de noventa mil agricultores.
Entre 1990 e 1994, os resultados foram menores, com apenas sessenta mil assentados. A partir de 1995, a reforma agrária tomou novos rumos.
Embora tenham diminuído a concentração de terras, as mortes por violência no campo e o número de invasões, muito tem de ser feito.
As linhas de crédito ao agricultor humilde e os programas governamentais estão surgindo para que exista mais justiça no campo
. Enquanto a situação não melhora, os legítimos movimentos populares em favor da distribuição igualitária da terra continuam com sua luta e suas reivindicações, embaçados nos artigos 184 a 191 da Constituição Federal de 1988.
Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/calendario-comemorativo/dia-do-campo

28 de abril de 2017

MORAR ENTRE ÁRVORES melhora a saúde


Rua Gonçalo de Carvalho, primeira rua tombada como Patrimônio Ecológico de Porto Alegre.


De acordo com estudo “Paisagem e Urbanismo”, publicado na revista científica Science Direct, quanto mais árvores, menos quadros de depressão são identificados. Os dados analisados pelos pesquisadores do Instituto de Medicina da Universidade de Exeter, no Reino Unido, foram coletados em Londres, no período de 2009 a 2010.

Entre as informações consideradas estão a quantidade de árvores nas proximidades das casas dos pacientes e as informações médicas acerca da saúde mental de cada um. Além disso, variáveis como as condições sociais, tabagismo e idade também entraram no levantamento.

A pesquisa levou em conta apenas as informações sobre a quantidade de árvores na rua, na proximidade das residências, sendo que os parques e outros espaços públicos de lazer não foram validados. Dessa forma, a proposta era avaliar o impacto que a natureza em meio urbano pode ter sobre as pessoas.

Um dado identificado foi que em locais com maior densidade de árvores, as taxas de prescrição médica para remédios antidepressivos foi menor. Assim, 40 árvores por quilômetro quadrado possui uma prescrição de antidepressivos que varia de 358 a 578 a cada mil pessoas.

Avaliando os resultados da pesquisa, os pesquisadores consideram que a saúde e bem-estar são estimulados por locais com paisagem mais verde, que favorecem a prática de atividades físicas e a interação com a comunidade.

25 de abril de 2017

TERCEIRO SETOR - O mecanismo de demonstração da DEMOCRACIA



TAKASHI YAMAUCHI


APONTAMENTOS EM SEMINÁRIO SOBRE MARCO LEGAL


Lei Federal nº 13.204/15 - artigo 84 B, inciso I

Para que as instituições do terceiro setor, possa receber a doação de 2% da sua receita bruta, devemos observar:
- os objetivos da instituição deverá estar em conformidade com a Lei Federal nº 9.790/99, artigo 3º
- deverá ter um capítulo sobre receitas e mencionar que possa receber renúncia e incentivo fiscal,
- a doação independe da certificação da instituição,
- não importa o regime tributário da empresa

Não perca mais esta oportunidade para captação de recursos para financiar suas atividades


PAPEL DO TERCEIRO SETOR JUNTO ÀS EMPRESAS


A forma de relacionamento entre as instituições do terceiro setor e as empresas, tem sido no sentido de angariar recursos das empresas, nunca no sentido de propor o ganha x ganha, este é o maior erro,
A relação deveria ser no sentido de reduzir o custo da empresa e seu enquadramento na questão social e ambiental.
Portanto há necessidade de reconceituar os objetivos da instituição neste sentido
Venha conhecer a ferramenta denominada de Terceiro Setor, que são organizações sem fim econômico, que fazem interface com primeiro setor (governo ) e com segundo setor (empresas), portanto um mecanismo de demonstração da democracia, podendo ser:
- Fundação 
- Associação 
- Igreja 
- Sindicatos 
- Partido Político 

Vamos estudar este assunto, vamos aprender a utilizar esta ferramenta .

O MOMENTO

Neste momento, onde há falta de recursos de forma generalizada, tanto para empresas como poder público, o papel do Terceiro Setor é de extrema necessidade como instrumento complementar nas ações como :

- saúde 
- educação 
- segurança 
- geração de renda familiar 
- alimentação 
- transporte 
- esporte 
- cultura 
- infraestrutura urbana 
- lazer 
- moradias 
- meio ambiente 
- tecnologia e inovação 
- consorciamento de mão de obra 
- central de compra associativa 
- sistema de crédito alternativo 

Assim solicitamos que os gestores das instituições façam uma reflexão nos seus conceitos e venha a mobilizar a sua comunidade nesta jornada formando uma corrente na busca da melhoria da qualidade de vida, colocando a ferramenta do Terceiro Setor em funcionamento.


PONTOS IMPORTANTES DO MARCO LEGAL


Quanto a lei federal nº 13.019/14 e 13.204/15, devemos observar :

- foi criado o chamamento público para que o setor público possa relacionar com as instituições do terceiro setor
- respeitar a norma de contabilidade NBC T 10.19 - balanço para associação e fundação, principalmente as notas explicativas
- respeitar o Código Civil no seu estatuto, principalmente a questão do tipo de receita prevista
- comprovação técnica e registro junto aos seus respectivos conselhos profissionais
- relação das atividades realizadas
- demonstração do patrimônio próprio, público e de terceiros
- questão de provisionamento de fundos (trabalhador, reserva, investimento e outros)
- qualquer empresa de regime de lucro presumido poderá doar a associações e fundações, até 2% da receita bruta
- a instituição poderá terceirizar suas atividades com outras instituições do terceiro setor, desde que faça comprovação técnica para tal


Minha associação não decola! 

Não consigo captar recursos! 
Estou carregando a entidade sozinha!
São expressões comum porque acontece este problema?
Simples, porque você considera sua associação?
Confundindo associação com empresa individual?
Caso tenha sido composto com outras pessoas teria outros para auxiliar, portanto não estaria sozinha nesta jornada.
Problema de conceito da organização


Aspectos que devem ser observados

Quando falamos na estruturação de uma associação, devemos observar seguintes aspectos:

- aspecto legal
- aspecto administrativo 
- aspecto operacional 
- aspecto econômico 
- aspecto estratégico
Todos estes aspectos deverão estar em conformidade ao conceito adotado pela associação


ASPECTO LEGAL 

O aspecto legal para uma associação consiste em:
- registro no cartório 
- registro na receita federal (CNPJ)
- registro no respectivo Conselho de Profissional da sua atividade fim
- alvará da na prefeitura 
- CCM cadastro de contribuinte municipal 
- inscrição estadual, quando da venda de produtos

Outras obrigações:
- cadastro no Ministério do Trabalho 
- cadastro no respectivo Conselho municipal 
- solicitação de utilidade pública municipal 
- solicitação de utilidade pública estadual 
- solicitação de OSCIP - MJ
- solicitação cadastro CEBAS
- balanço econômico NBC T 10.19
- balanço social e ambiental NBC T 15
- elaboração do relatório anual
- ata assembleia geral ordinária

Aspecto Administrativo de uma associação:

- ata das reuniões 
- lista de presença para reuniões 
- controle de expedição dos documentos 
- controle dos pagamentos
- convocação das assembleias
- ata das assembleias
- documentação dos atos (atestados)
- relação anual do quadro dos associados por categoria 
- relatório das atividades do exercício


Aspecto operacional de uma associação :

- norma operacional 
- código de ética 
- forma de documentação das atividades 
- registro e contratação dos profissionais 
- analise da questão estatística do plano de trabalho 
- organização de acervos técnicos 
- atualização da questão profissional 
- comunicação junto aos órgãos públicos competente


Aspecto Estratégico de uma associação : 

- relação com respectivo conselho municipal 
- relação com conselho profissional 
- relação com a comunidade local
- relação com outras instituições de atuação similar 
- relação com segmento afim 
- relação com seus associados 
- relação com seu público alvo
- forma de divulgação 
- forma de documentação 
- interface com setor governamental 
- interface com setor empresarial 
- interface com academia


Aspecto Administrativo de uma associação:

- ata das reuniões 
- lista de presença para reuniões 
- controle de expedição dos documentos 
- controle dos pagamentos
- convocação das assembleias
- ata das assembleias
- documentação dos atos (atestados)
- relação anual do quadro dos associados por categoria 
- relatório das atividades do exercício


Como Administrar uma Associação:

Administrar uma associação ė mais complexo que administrar uma empresa de sociedade anônima de capital aberto, pois os procedimentos são similares.
No entanto são tratadas pior que uma empresa no simples, pois os gestores não tem noção da sua responsabilidade.
Precisamos concientizar os gestores, bem como preparar os profissionais junto as academias, nos cursos de graduação em direito, contabilidade, administração, economia, ciência sociais e outros.
Pois todos nós estamos perdendo por não ter o domínio do tema Terceiro Setor
Colabore com esta jornada.

Como entender as Associações:


CONCEITO:

- Como foi concebido as atividades da associação?
- Como vai realizar as atividades?
- Qual o objetivo?

Parece simples o questionamento, mas através destas respostas podemos avaliar o conceito da associação e da sua estrutura necessária 
para atender os objetivos.

ASSOCIAÇÃO:

Associação aberta poderá ser de interesse público e ou específico
Associação fechada pode ser uma associação comercial, associação de classe e outros

Poderá ser classificada da seguinte forma :

- Associação singular - aberta ou fechada 
- Associação segundo grau - federações 
- Associação terceiro grau – confederações

24 de abril de 2017

LOGÍSTICA REVERSA



Você conhece a logística reversa? Ela está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos e já vem sendo utilizada por empresas cujos descartes de materiais demandam um certo cuidado, como fábricas de eletroeletrônicos. Basicamente, consiste em pensar em todo o ciclo de vida do produto, desde sua fabricação até o reaproveitamento ou descarte final. Você também pode adotá-la no seu dia a dia, dando preferência a produtos que podem ser recicláveis ou que gerem o mínimo de impacto no meio ambiente.
O que você acha dessa política? Você tem mais dicas de como diminuir os resíduos?

14 de abril de 2017

ASSOCIAÇÃO DE CATADORES É ESSENCIAL



Mogi Guaçu-SP se destaca pela criação e organização dos catadores de reciclagem em sua comunidade. Fundada em 2003 , a Associação COOPER 3Rs,  tem hoje  seu trabalho reconhecido pelo MMA e FUNASA. Um exemplo a ser seguido!






SUA HISTÓRIA


Instituição sem fins econômicos constituída apenas por catadores e catadoras de material reciclável, com sede no município de Mogi Guaçu e fundada em fevereiro de 2008. Entretanto, se originou nos espaços de interlocução compartilhados por engenheiros, biólogos, psicólogos, fonoaudióloga, pedagogas, educadores socioambientais e catadores. Participavam do Projeto "Rio Mogi Guaçu. Conhecer para Proteger" da Escola Comunidade Interativa, situada às margens do rio Mogi Guaçu, no centro da cidade e que foi contemplada com o I Prêmio Chamex Terra - Escola, fomentado pela empresa International Paper, em 2001.

Esta diversidade de profissionais, que apontou o protagonismo e a importância dos catadores e catadoras, começou a se encontrar em " Círculos de Conversa" , e compartilhavam saberes para enfrentamento da problemática socioambiental diagnosticada pelos pais, alunos e professores. Junto com os demais profissionais, catadores e catadoras se organizaram na ONG Comunidade Cooper 3Rs Rio Mogi Guaçu e, em 19 de novembro de 2003, fundada na sede da OAB, com a assessoria de seu então presidente, o advogado Dr Antonio Melo Martini.
Desde lá, lutam por um espaço físico adequado, apoio e reconhecimento do poder público pela valorização do catador, pela instituição de uma Lei Municipal de Coleta Seletiva, e sempre buscando inserir 

Diante das conquistas e novas demandas, em 2008, a ONG Comunidade Cooper 3Rs Rio Mogi Guaçu se desdobra em duas entidades: CADESS e Associação Cooper 3Rs. A partir da emancipação e autonomia de alguns catadores e catadores e do incentivo de seus demais parceiros, em fevereiro de 2008, fundaram a Associação Cooper 3Rs, com a finalidade específica de autogestão nas atividades de geração de trabalho e renda enfatizando a Coleta Seletiva, a Triagem e a Comercialização dos Resíduos Recicláveis. 

Com o apoio técnico e educacional da OSCIP CADESS Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento Social Sustentável, sua mantenedora, a Associação Cooper 3Rs teve aprovado seu projeto na FUNASA, sendo contemplada com recursos para equipamentos e caminhões novos, garantindo acesso a tecnologia e logística necessária para realizar seu trabalho de acordo com as normas de responsabilidade social e ambiental, e aumentando sua capacidade de atender às demandas de empresas parceiras no que se refere à destinação adequada de resíduos sólidos 

Atualmente, está sediada em amplo barracão, tendo conquistando a Lei Municipal de Coleta seletiva, bem como um contrato de prestação de serviços com a Prefeitura de Mogi Guaçu, que lhe dão perspectivas de sustentabilidade e autonomia.

Hoje o grupo também tem a parceria da Faculdade Municipal Professor Franco Montoro e o apoio do MNCR - Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis

Busca sua inscrição no CREEA e tem a colaboração de engenheiros e gestores ambientais para avaliação e relatórios técnicos das coletas de resíduos nas empresas.


O Programa de Educação Ambiental Sociocomunitária para a Coleta Seletiva Solidária no município de Mogi Guaçu, SP é realizado com o protagonismo de catadores e catadoras educadores ambientais populares. Foi planejada de forma participativa e está prevista no Projeto Político Pedagógico do Coletivo Educador Rio Mojiguaçu, que propõe um Programa de Formação em Educação Ambiental crítica e emancipatória pautada na PNEA e no proFEA. A Associação Cooper 3Rs, entre mais de uma dezena de instituições educadoras no município, integra o Coletivo Educador e os catadores estão envolvidos de maneira participativa e tem seus saberes valorizados dentro do grupo, em especial no que se refere à Coleta Seletiva dos Resíduos Sólidos. Compartilham e trocam conhecimentos populares / acadêmico- científicos com professores, engenheiros ambientais, agrônomos, biólogo fonoaudióloga, advogados, arquiteto, universitários, entre outros atores que atuam no Coletivo para educar a Comunidade.

Conheça em detalhes  
ASSOCIAÇÃO COOPER 3 Rs DE MOGI GUAÇU-SP

Sobre

Instituição sem fins econômicos constituída por catadores e catadoras de materiais recicláveis com sede em Mogi Guaçu, São Paulo.

Contatos


Telefone: (19) 3831 6431

Missão

Promover a sustentabilidade social e ambiental incentivando a inclusão econômica e social dos catadores e catadoras de material reciclável, por meio de educação ambiental, formação educacional e profissional, organização social e atividades para a coleta seletiva solidária visando à geração de renda e contribuindo para a garantia do exercício dos direitos sociais básicos e difusos.


Visão geral da empresa

A Associação Cooper 3Rs apresenta e coordena o Programa de Coleta Seletiva "SAÚDE, GUAÇU! ", referenciada na perspectiva de Promoção de Saúde Coletiva e de acordo com a OMS - Organização Mundial de Saúde e OPAS - Organização Pan Americana de Saúde.

Este programa destaca e valoriza o catador e a catadora como promotores de saúde na medida em que educam e se educam durante as atividades de coleta porta - a - porta, na interação com os moradores. Para tal, o programa Saúde, Guaçu! prevê a formação e capacitação destes trabalhadores pelas agentes de saúde e coordenadoras da Secretaria Municipal da Saúde.

Catadores e catadoras também atuam como educadores socioambientais, e sua mantenedora, CADESS, é a entidade articuladora do Coletivo Educador Rio Mojiguaçu, chancelado pelo Departamento de Educação Ambiental propõe uma reorientação na educação ambiental crítica e emancipatória para uma gestão de resíduos sólidos compartilhada e de responsabilidade de todos/as.

A Associação Cooper 3Rs tem o apoio de diversas entidades e ONGs parceiras no Coletivo Educador: OCA - Organização Comunidade Ativa; TUPEC ( Tudo pela Cultura); CADESS ( Centro de Aprendizagem e desenvolvimento Social Sustentável ); CALVI ( Casa de Apoio ao Portador de Câncer). Juntos cumprem o Projeto Político Pedagógico de Educação Ambiental construído por mais de 200 pessoas em 2006 a 2008.


Informações gerais

A Associação Cooper 3Rs tem como valores e princípios básicos:

1) a responsabilidade social e ambiental ( ISO 26.000)
2) a justiça social
3) a cooperação
4) a solidariedade
5) o diálogo
6) o valor à diversidade cultural e de opiniões
7) o diálogo entre o saber popular e os conhecimentos científicos
8) a transparência de suas ações e decisões
9) a dignidade humana: combate à fome e à pobreza, a injustiça social, o trabalho escravo, o trabalho infantil, a violência doméstica

Prêmios

Contemplada em edital da FUNASA de 2011.

Da coleta a reciclágem

1.coleta seletiva: residencias, empresas, repartições públicas
2.triagem e comercialização de resíduos recicláveis
3.educação socioambiental: palestras em escolas e empresas
4. projetos e ações sociais para escolas, empresas e repartições públicas
5. apoio a gestão a empresas de responsabilidade social e ambiental: Balanço Social e Ambiental com renúncia fiscal


Dados Adicionais sobre a participação no projeto de educação ambiental da Cooperna 



Nome da instituição proponente:            Associação Cooper 3Rs

CNPJ:                                                         10.963.572000120

Endereço da instituição:                          Rua Nagib Matte Merheg


Nome do representante legal:                 Janete Silva Pereira


Contatos da instituição:                           Maria Beatriz Vedovello Bimbati


Nome do responsável:                             Janete SIlva Pereira


Desafios enfrentados:  A apropriação, pela população, dos hábitos e atitudes éticas de separar o material reciclável na fonte, sem contaminar com lixo de banheiro e outros materiais orgânicos

Instituição realizadora:                            Associação Cooper 3Rs

O que motivou a iniciativa:  A formação de catadores educadores ambientais populares era parte do plano operacional elaborado após diagnóstico participativo pelo Coletivo Educador com participação de catadores que mostraram a problemática. Durante a atividade diária da triagem dos materiais na Central da Associação, catadores e catadoras identificaram materiais contaminantes, perfurocortantes, como remédios, seringas descartadas, resíduos de alimento, lixo de banheiro, entre outros fatores que, além de colocar em risco a saúde do trabalhador, acarretam dificultam o trabalho da triagem, prejudica o funcionamento de esteira, prensas, diminui o valor comercial dos materiais. Os catadores reconhecem que para que exista material para trabalharem, é preciso mobilizar a comunidade para que destinem seus Resíduos recicláveis para a Associação e que eles eram as pessoas ideais para abordarem a população.


Principais resultados obtidos: o aumento na quantidade de material reciclável coletado

Lições aprendidas e recomendações:  Os catadores e catadoras são educadores ambientais e promotores de saúde coletiva e são os atores principais na comunicação com a comunidade para ensinar a coleta seletiva

Equipe técnica:  Maria Beatriz Vedovello Bimbati ( fonoaudióloga) Tainá Angela Vedovello Bimbati ( engenheira ambiental) Cristiana Ferraz ( bióloga) Marcio Antonio Ferreira ( biólogo)

Instituições parceiras (se houver):    CADESS SIMASA RAS  Secretaria da Saúde   ( Controle da Dengue ) SAAMA OAB TUPEC Faculdade Municipal Professor Franco Montoro ( estudantes de engenharia ambiental)



COM MATERIAL INFORMATIVO SEMPRE ATUALIZADO SIGAM NO FACEBBOK:


FONTE: COOPER 3 Rs., http://educares.mma.gov.br/index.php/reports/view/241


MARCO LEGAL - Responsabilidade Social e Ambiental em foco

SEMINÁRIO MARCO LEGAL PARA O TERCEIRO SETOR
Com: Prof Takashi Yamauch













No dia 06 de abril de 2017, às 15 horas, a Câmara Municipal de Mogi Guaçu, por meio de seu presidente Zanco e iniciativa do vereador Carlos do Kapa Kamel, promoveu o Seminário "Marco Legal para o Terceiro Setor", ministrado pelo renomado Prof Takashi Yamauchi, um dos relatores das normas da ABNT e da ISO 26.000. 


O evento foi organizado pelo Simasa Guaçu e pela RAS - Rede de Assistência à Saúde e teve o apoio do Instituto Apto de Fomento ao Terceiro Setor e Apoio Brasil. 

O professor Takashi demonstrou e alertou sobre a necessidade de atendimento às normas de legislações vigentes no Marco Legal (Lei Federal nº13.204/15), às Normas e Legislações de Responsabilidade social e ambiental. Abordou o Decreto Federal nº 7.35910 ( Comércio Justo), a Lei Federal nº 9.249/95 (Renúncia fiscal); Decreto Federal nº 6.094/07 (Compromisso de Todos pela Educação); Decreto Federal nº 6.514/08 (Conversão das multas ambientais); Lei Federal nº 12.187/09 (Plano Nacional sobre Mudança do Clima); Lei Federal nº 12.305/10 (Gestão de Resíduos); Decreto Federal nº 7.746/12 (decreto de Sustentabilidade/ licitações públicas) e a Lei Federal nº 12.101/09 - (Certificação).

Com a maestria de sempre, Takashi conversou com 55 representantes, lideranças e gestores de 5 municípios: Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Santo Antonio da Posse, Piracicaba e Estiva Gerbi. 

Agregaram-se representantes dos 1º, 2° e 3º setores: Instituições de Terceiro Setor ( Duas APAES, FEAG, CASMOÇU, ICA, Lar São Vicente de Paulo, Cooper 3Rs, RAS, SIMASA GUAÇU, POLEM, Lar da Terceira Idade PAdre Longino, CAP, Casa da Criança Carlota L. de C. e Silva, Gaia Social Senac; Oab Mogi Guacu, a Associação dos Engenheiros e Arquitetos Mogi Guaçu. Os coletivos jovens Coletivo Guacema, Coletivo Oriçanga, Agua Salva; Alquimia Urbana; Blog Ideias Sustentáveis(Adriana Teixeira Simoni), e as empresas Agromix Agropecuária &Variedades e Daniel Muciacito. De grande importância no grupo, 3 representantes da Exodo Contabilidade. O poder público se juntou às Organizações da Sociedade Civil: secretários municipais de cultura, educação e negócios jurídicos; presidente da Comissão de Licitação; vereador Natalino Tony Silva II e Câmara Municipal de Estiva Gerbi. 

Agradecimentos especiais ao presidente da Câmara Municipal de Mogi Guaçu, Luis Zanco e, ao vereador Carlos Kapa, pelo empenho, interesse e valorização do Terceiro Setor enquanto instrumento de desenvolvimento social e econômico. O seminário também foi um " Marco" para a Sociedade Civil Organizada em Mogi Guaçu e região. 

Vamos todos fazer nossa "lição de casa", compartilhando o compromisso de dar continuidade à apropriação destes conhecimentos e, de nos organizarmos, nos adequando às exigências legais com responsabilidade e ética. (créditos das fotos: Julio Ferraz, do "Casa de Barro".) Takashi Yamauchi Tainá Bimbati Carlos KapaInstituto Apoio Brasil APTO - Centro de estudo e difusão do terceiro setor

Texto e fotos SIMASA GUAÇU

29 de dezembro de 2016

LEI 12.305 PNRS - E O POUCO IMPLEMENTADO



ACESSE O ARTIGO COMPLETO


Adriana Teixeira Simoni 


Quando lá em meados de 2012 pesquisei e escrevi esse trabalho, eram tantos sonhos dentro de uma LEI que poderia dar certo... Mas... O que se viu de lá pra cá , foi muito pouco dentro das possibilidades que a LEI 12.305/2010 permitiria de crescimento socioambiental.

Convido-os a leitura do artigo e comprove o que foi visto em 2011/2012 com o que hoje 2016/2017 foi realizado efetivamente.


TIJOLOS DE "PET" - Solução ideal para reciclagem

Projeto argentino transforma garrafas PET em tijolos sustentáveis

Além de contribuir para a retirada de milhões de garrafas PET da natureza, o projeto também apresenta vantagens para a construção civil e para toda a sociedade


Cada tijolo de PET é feito com 20 garrafas descartáveis.

Muito se discute sobre o que fazer com o lixo descartado em todo o mundo. Todos os dias, milhões de toneladas dos mais variados produtos são jogados fora pelas famílias, no comércio, em escolas, hospitais, indústrias etc. O problema do lixo é gravíssimo e seu impacto no meio ambiente já pode ser percebido na natureza, tanto pela degradação do solo e água onde estão instalados os aterros sanitários, como pela poluição ambiental provocada pela queima do lixo em alguns países.

Mas será que é possível reverter este cenário? Para uma pesquisadora argentina, sim.

Para Rosana Gaggino, pesquisadora do Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica (CONICET), a solução pode estar presente no próprio lixo produzido e consumido pela sociedade. Ela e sua equipe desenvolveram um projeto que permite a reciclagem de garrafas PET e a transformação em tijolos ecológicos para construção civil. Esta alternativa, além de retirar da natureza milhões de garrafas que levariam centenas de anos se decompondo, também é sustentável por dispensar o uso de areia em uma construção.

Vantagens do tijolo ecológico


Além da questão ambiental primordial, o tijolo ecológico feito de garrafas PET apresenta ótimas vantagens em relação ao modelo tradicional, como uma capacidade cinco vezes maior de isolamento. Os blocos sustentáveis também são mais leves, possuem maior resistência ao fogo e evitam o uso de recursos naturais durante uma obra, como madeira e areia.

CONTATO PARA  DUVIDAS OU APOIAR O PROJETO


É disponibilizada a fórmula para fabricação, caso haja interesse no projeto a  Pró-Azul disponibiliza com uma breve palestra sobre uso e fabricação.
Entrar em contato com:
Email: halroc@hotmail.com





FONTE:
*  http://www.pensamentoverde.com.br/produtos/projeto-argentino-transforma-garrafas-pet-em-tijolos-sustentaveis/?utm_source=facebook.com&utm_medium=timeline&utm_campaign=noturna&utm_content=tijolos-garrafapet
* http://www.conicet.gov.ar/2015/05/14/botellas-descartables-para-casas-sustentables/

1 de dezembro de 2016

DEBATER O DESPERDÍCIO da ÁGUA NAS ESCOLAS






“Não é incomum que os livros didáticos (e outros materiais que abordam essa questão) silenciem sobre o consumo e o desperdício da água nos segmentos industrial e agrícola, que são bem superiores ao consumo e desperdício doméstico”. A observação é de Larissa Brant, estudante de Engenharia Ambiental da UFMG, que ministra minicurso junto ao professor do Coltec, Eliano de Freitas nesta terça, 18 de outubro, na Semana do Conhecimento. O tema: ‘Educação e água: As abordagens sobre a água nos livros didáticos do ensino médio’. A atividade integra projeto da Universidade que realiza análise crítica sobre a abordagem do tema ‘água’ nos livros escolares adotados em 30% dos estabelecimentos do país. Conheça o trabalho na entrevista de Larissa a Miguel



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Durante a Semana do Conhecimento da UFMG você realizará curso sobre como os livros didáticos brasileiros analisam o tema ‘Água’. Poderia nos falar de sua pesquisa sobre a questão?
A pesquisa analisa a abordagem do tema água nos livros didáticos de geografia do ensino médio aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático 2015. Propomos uma análise crítica sobre os discursos e representações da questão ambiental nos materiais didáticos e paradidáticos. O objetivo é compreender como ocorre a produção e disseminação dos discursos sobre a água nos livros. O que esses discursos refletem ou retratam sobre a “problemática da água” nesse momento histórico? Quais ideologias são veiculadas, por meio dessas abordagens didáticas? É importante destacar que o trabalho integra um projeto mais amplo - A Crise Ambiental nos meios de comunicação e em materiais (para)didáticos da educação básica: abordagens geográficas, coordenado por Eliano de Souza Martins Freitas, professor do Coltec da UFMG. Assim, essa abordagem sobre a água tem sido feita por meio de pesquisas e análises em diferentes contextos.
Como foi a escolha dos livros didáticos? Qual o critério usado para selecioná-los?

No Programa Nacional do Livro Didático 2015 foram aprovadas 18 coleções para serem escolhidas pelos professores de geografia de todo o território nacional. Dessas coleções, 16 foram distribuídas, sendo que detectamos que três coleções, que utilizamos na pesquisa - elas representam cerca de 30% dos livros adotados no país. Ou seja, essas coleções tiveram grande penetração nos estabelecimentos de ensino do país e, certamente, estão veiculando discursos e representações sobre a água, nos diferentes espaços escolares. Nesse sentido, é importante analisar tais coleções, pois acreditamos que esses discursos e representações podem ter grande influência nas concepções sobre a água que os estudantes terão ao final da educação básica.
O que chamou sua atenção nestes livros ao longo da pesquisa?
A água é trabalhada numa perspectiva de recurso finito e de que estamos próximos a uma “escassez hídrica absoluta”, quando na verdade, estudos já demonstram que a quantidade de água no planeta é a mesma desde a última glaciação, e que podemos estar com uma disponibilidade aumentada devido ao aquecimento global, como alguns pesquisadores na área já divulgam amplamente.
Trata-se de um tom apocalíptico sobre a água, com base no que denominamos de Ideologia do Desenvolvimento Sustentável, em um contexto de transformação da água em mercadoria e de, por exemplo, demonização do uso doméstico, colocando esse setor como responsável pelo maior desperdício e pela escassez hídrica absoluta, quando na verdade o maior desperdício está no setor agropecuário e a escassez absoluta não é uma realidade.
Não é incomum que os livros didáticos (e outros materiais que abordam essa questão) silenciem sobre o consumo e o desperdício da água nos segmentos industrial e agrícola, que são bem superiores ao consumo e desperdício doméstico. Ao mesmo tempo, é possível verificar que determinados temas ligados a água são silenciados no discurso dos livros didáticos, como por exemplo os conflitos pela água no Brasil e no mundo, a ausência de exposição e reflexão de alguns conceitos que são importantes à essa temática, as discussões sobre os avanços e retrocessos da legislação brasileira sobre a água, etc.
Não é que a água não deva ser preservada pelo usuário comum, mas a situação real do problema é outra. Assim, há uma “política do silêncio” no que tange a água, pois enquanto estamos culpabilizando o uso doméstico e prescrevendo como os indivíduos devem se comportar para economizar água, não permitimos que outras reflexões críticas sobre a “problemática da água” façam parte das aulas de geografia (e de outras disciplinas), perdendo a oportunidade de sensibilizar os estudantes para uma formação mais crítica.
Para se ter uma ideia, somente no estado de Minas Gerais, no ano de 2015, foram detectados diversos focos de disputa pela água, com ocorrências policiais ligadas a sabotagens, ameaças e agressões. São conflitos por disputas de mananciais envolvendo o agronegócio, com monoculturas diversas (eucalipto, milho, soja), extração mineral, pecuária e piscicultura, em todas as mesorregiões do território mineiro, com destaque para conflitos em municípios como Uberlândia, Uberaba, Patos de Minas, Araguari, Pará de Minas, Paraopeba, Unaí, Caeté e São Gotardo.
Esse é um problema comum às três coleções?
No que tange essa pesquisa, analisamos, até o momento, uma das obras e estamos preparando as análises para as duas outras selecionadas. Mas, estamos ampliando as análises para as demais, pois é nossa intenção já ter uma primeira aproximação com os temas dos outros volumes selecionados para análise durante a Semana do Conhecimento, pois ofereceremos o minicurso ‘Educação e Água: as abordagens sobre a água nos livros didáticos de geografia do ensino médio’. A previsão é de que até abril de 2017 a pesquisa com as três coleções mais vendidas no Brasil esteja finalizada. Há também a perspectiva de continuidade da pesquisa para as demais coleções, a partir de 2017.
Em que essa análise impacta na formação ou atualização de professores de geografia?
Essas pesquisas são importantes, pois permitem pensar novas estratégias e didáticas. A partir do que é detectado pelas pesquisas é possível pensar em materiais didáticos alternativos para que os professores ampliem suas possibilidades de intervenção em sala de aula. Por isso, propomos o minicurso Educação e Água. Estamos preparando novas propostas pedagógicas para os professores e entregaremos para cada participante do minicurso um conjunto de atividades para complementar as discussões propostas nos livros didáticos. Futuramente , as propostas didáticas produzidas deverão estar on-line para os professores acessarem livremente. Em outros termos, há uma preocupação em articular pesquisa, ensino e extensão, a partir dos estudos desenvolvidos no grupo.
Como a atualização dos professores poderia refletir na formação de estudantes do ensino médio?
A Geografia considera que, como todos fazem parte do espaço geográfico, cada um tem o poder de modificar esse espaço, que é formado também por ações humanas. Acreditamos que o estudante deva ter essa consciência para realizar transformações efetivas na situação da crise hídrica, em vez de manter uma visão tradicional sobre a questão. A partir do momento em que se ampliam as discussões sobre a “problemática da água”, ampliam-se também as reflexões para que o estudante do ensino médio tenha um conhecimento mais aprofundado sobre essa temática.
E sem a análise crítica a ação transformadora não ocorreria?
Acredito que não aconteceria de forma efetiva. A Ideologia do Desenvolvimento Sustentável, na nossa opinião, tem o poder de subordinar e qualificar os sujeitos ora para manutenção do status quo ora para o questionamento e subsequente transformação da ordem vigente. Nesse sentido, a ação transformadora só poderá ocorrer, por meio de uma abordagem crítica sobre a “problemática da água” (e das demais questões ambientais), que vise explicitar os silenciamentos que ocorrem nessas discussões. A água deve ser tratada como um direito de todos e não como um bem econômico. A análise crítica permite ressignificar esse debate em diversos níveis de ensino.
Como a pesquisa será apresentada em um minicurso?
Além de mim e do meu orientador, o minicurso contará com duas outras pesquisadoras de Iniciação Científica do Programa de Monitoria do Ensino Técnico que trabalham com questões culturais e com as tensões sobre a água nos livros didáticos. Estamos reunindo esses conhecimentos para realizar o minicurso. Ainda estamos tecendo os detalhes, mas temos boas expectativas. A ideia é fazer um mapeamento inicial de como os participantes do minicurso veem a problemática da água, qual o entendimento dos mesmos sobre as formas de debate e discussão dessa temática no ensino básico; posteriormente, pretendemos apresentar os eixos de discussão propostos nos livros didáticos analisados, numa perspectiva crítica apontando o que é positivo nesses materiais e o que, em nossa concepção, deve ser melhorado. Por fim, apresentaremos algumas propostas de intervenção em sala de aula e entregaremos alguns materiais para os participantes.
A ideia é focar em licenciandos: qual resultado o minicurso pretende atingir?
Achamos que esses estudantes chegarão com uma perspectiva diferente da que abordaremos. Teremos estudantes de biologia, ciências socioambientais, química e de outras áreas correlatas, que nem esperávamos que fossem participar. Nossa intenção é criar espécie de manual que reúna nossa visão junto a uma nova perspectiva trazida pelos alunos do curso sobre a questão da água - e que possa ser divulgado para todos que não puderem participar das atividades. Esse material contará com propostas de aula, alguns de nossos resultados e ideias para tratar as questões.
Fonte: https://medium.com/@ufmg/%C3%A1gua-na-did%C3%A1tica-vis%C3%B5es-de-um-silenciamento-pol%C3%ADtico-87bcca5a824e#.gplrzn4br

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